Tribunal liberta britânico acusado de mandar matar mulher na lua de mel

11/12/2010 03:30 - Brasil/Mundo
Por Redação

Um tribunal de Londres libertou sob fiança nesta sexta-feira (10) o milionário britânico de origem indiana Shrien Dewani, acusado de ter mandado matar a própria mulher durante a lua de mel na África do Sul.

A libertação ocorreu sob protestos das autoridades sul-africanas, que querem que ele seja extraditado e julgado no país.

Elas temem que Dewani fuja antes da próxima audiência para tratar da extradição, mas o juiz do caso, Duncan Ouseley, disse que não há esse risco, considerando a exposição pública do caso.

Dewani se entregou em uma delegacia em Bristol, próximo a sua casa. A prisão ocorre a mando das autoridades sul-africanas.

O caso, que até agora era tratado como um sequestro seguido de morte, sofreu uma reviravolta quando um taxista confessou ter assassinado a mulher, a ex-modelo Anni Dewani, de 28 anos, a mando de Dewani.

O taxista disse que Shrien perguntou se ele conhecia alguém que poderia matar sua mulher e ofereceu 50 mil rands para cada uma das pessoas que ele contratasse para cometer o crime -mas acabou pagando apenas mil.

Dewani negou participação no crime. Em nota, ele disse que as acusações são "muito dolorosas para um jovem que está sofrendo a perda da mulher que amava".

Na versão dele, o motorista foi rendido por homens armados quando eles voltavam ao hotel. Ele e o taxista teriam sido obrigados a sair do carro, e Anni foi sequestrada e depois morta.

O corpo da mulher foi encontrado um dia depois do crime, em uma favela da cidade. Ela tinha levado um tiro na nuca.

Ben Watson, advogado que representa a África do Sul no caso, disse que apresentaria novas provas no caso, inclusive vídeos de circuito interno que provariam o pagamento.

O caso chamou a atenção no Reino Unido e na África do Sul, onde a taxa de criminalidade é alta, mas ataques a turistas estrangeiros são raros.

O taxista fez um acordo com a Justiça para confessar e foi sentenciado a 18 anos de prisão.

Ele se comprometeu a revelar provas sobre outros suspeitos, incluindo dois sul-africanos presos logo após o corpo ter sido encontrado.

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