A Comissão Mista do Orçamento aprovou nesta quinta-feira relatório de obras irregulares, com a manutenção de apenas seis casos com indícios de irregularidades graves. Entre elas estão as obras de drenagem das águas da chuva no bairro Tabuleiro dos Martins, em Maceió.

No total, 32 obras federais foram colocadas sob suspeita pelo TCU (Tribunal de Contas da União). O relatório segue agora para votação do plenário. Caso as seis obras sejam mantidas no documento, elas não poderão receber recursos do Orçamento até que as irregularidades sejam sanadas.

"Todas as tratativas foram feitas da forma mais clara possível. Ouvimos técnicos e autoridades. Podemos até estar errados, mas ouvimos todo mundo", disse o presidente da comissão, Waldemir Moka (PMDB-MS).

O relatório final, de autoria do deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), foi aprovado por votação simbólica.
As obras com indícios de irregularidade graves são: obras de infraestrutura da Superintendência da Zona Franca de Manaus; obras de controle de enchentes do rio Poti, em Teresina (PI a barragem do rio Arraias, em Tocantins; obras do metrô do Rio de Janeiro; e obras do complexo viário Baquirivu, em Guarulhos (SP).

O TCU já havia retirado nove obras da lista, mas o deputado sugeriu que outras 17 obras continuem a receber recursos federais, diante do compromisso dos gestores de sanar as irregularidades. A ideia é evitar um prejuízo maior com a paralisação das obras.

Entre as obras liberadas estão as refinarias Abreu e Lima (PE) e Getúlio Vargas (PR), da Petrobras.
Mais cedo, o vice-líder do governo, deputado Gilmar Machado (PT-MG), afirmou que preferiu substituir a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) do cargo de relatora do Orçamento de 2011 por Serys Slhessarenko (PT-MT) para evitar novo problemas na comissão.

Como Serys não faz parte da comissão, ela só deve ser oficializada na semana que vem. Antes, Ideli precisa pedir oficialmente para sair. Esta é a terceira relatora do Orçamento em menos de uma semana.

Gim Argello (PTB-DF) deixou o cargo em meio às denúncias de envolvimento em esquema de emendas parlamentares no Orçamento de 2010 para favorecer empresas fantasmas.