Sarney sinaliza insatisfação com cinco ministérios cedidos ao PMDB

08/12/2010 17:59 - Política
Por Redação

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), demonstrou nesta quarta-feira estar insatisfeito com os cinco ministérios cedidos ao PMDB pela presidente eleita, Dilma Rousseff (PT). "Eu sempre devo achar que o PMDB é tão grande que eu nunca vou achar que [o espaço] é de bom tamanho", disse.

Sarney, porém, saiu em defesa do presidente do PMDB, Michel Temer (SP), responsável por negociar as indicações peemedebistas com a presidente eleita. "Esse assunto foi coordenado pelo presidente do partido. Ele ouviu as bancadas da Câmara e Senado, foi uma longa negociação e o assunto terminou com as definições", afirmou.

Dilma acertou quatro pastas com o partido, além do Ministério da Defesa --considerado como da cota pessoal da petista.

Temer confirmou nesta quarta-feira que o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) será o ministro da Previdência. A interlocutores, Garibaldi, ex-presidente do Senado, já disse que não entende nada sobre Previdência, mas que aceitou o cargo para atender a pedido do PMDB.

Até agora, no entanto, Dilma só oficializou seis nomes para seu governo: Antonio Palocci (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), José Eduardo Cardozo (Justiça), Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central). A expectativa é que a presidente eleita formalize ainda nesta quarta-feira as pastas cedidas ao PMDB.

ORÇAMENTO

Sobre a troca na relatoria do Orçamento de 2011 depois das denúncias envolvendo o senador Gim Argello (PTB-DF), Sarney disse que trabalha para aprovar o texto orçamentário antes do recesso parlamentar --que tem início dia 18 de dezembro.

"Um dos objetivos de trocar logo o relator é evitar que o orçamento tenha qualquer prejuízo de não ser feito nesse ano como nós planejamos", afirmou.

O presidente do Senado defendeu a extinção de emendas parlamentares ao Orçamento que tenham como objetivo atender a interesses particulares dos senadores. "Toda emenda para entidades particulares devem ser eliminadas, só tem dado problema ao Congresso."

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