Bovespa cede 1,63%, com perdas em ações da Vale; dólar bate R$ 1,69

08/12/2010 15:03 - Economia
Por Redação

As ações da Vale são o grande destaque negativo desta quarta-feira, arrastando a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), junto com os papéis das siderúrgicas. Os ativos da mineradora movimentam o dobro dos negócios realizados com as ações da Petrobras, outro papel no topo das preferências dos investidores na hora de fazer negócios.

No mercado internacional, as cotações de matérias-primas também experimentam perdas, após atingirem suas cotações máximas num período de dois anos, a exemplo do petróleo, cujo preço do barril chegou a bater US$ 90 (referência de Nova York).

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, perde 1,63%, aos 68.205 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,24 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, tem leve queda de 0,03%.

A ação preferencial da Vale, alvo de R$ 781 milhões em negócios, retrocede 1,4%, sendo trocada por R$ 49,50 no pregão de hoje.

O dólar comercial é cotado por R$ 1,696, em alta de 0,83%. A taxa de risco-país marca 162 pontos, número 0,61% abaixo da pontuação anterior.

Entre as primeiras notícias do dia, o IBGE apontou uma inflação de 0,83% em novembro, ante 0,75% em outubro, pela leitura do IPCA, índice utilizado para o regime de metas do governo. Trata-se do maior índice mensal desde abril de 2005 (0,87%). Nos últimos 12 meses encerrados em novembro, o IPCA acumula alta de 5,63%, acima da meta deste ano (4,5%).

No front externo, o FMI (Fundo Monetário Internacional) deve examinar nesta sexta-feira um pedido de empréstimo à Irlanda, no montante de US$ 22,5 bilhões. O governo desse país conseguiu aprovar, em uma votação preliminar no parlamento nacional, a proposta de cortes nos gastos públicos e aumentos nos impostos, estimada em 6 bilhões de euros (US$ 7,98 bilhões).

A aprovação dessa proposta é uma das condições para que a Irlanda tenha acesso ao pacote de socorro financeiro acertado com a União Europeia.

Ontem à noite, o Federal Reserve (banco central dos EUA) revelou que a concessão de crédito aumentou pelo segundo mês consecutivo em outubro. A elevação de 1,7% relação a setembro é o maior incremento mensal desde julho de 2008, segundo agências internacionais.

JUROS

O Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia hoje, após o encerramento das operações, a nova taxa básica de juros do país. A grande maioria dos economistas do setor financeiro aposta na manutenção dos 10,75% ao ano, e prevê um aumento somente para o início de 2011. O comunicado oficial de hoje, e ata a ser publicada na semana que vem, portanto, devem ser alvo de atenção cerrada dos analistas para calibrar essas expectativas.

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