ovens brasileiros entre 13 e 17 anos que acessam a internet com frequência estão cientes dos riscos da rede e acreditam estar seguros, mas não têm consciência do perigo de compartilhar informações pessoais em sites. A conclusão é de um estudo sobre a conduta dos adolescentes na web, realizado em setembro em todas as regiões do País e divulgado pela McAfee do Brasil, empresa que trabalha com segurança de informação.
"Os jovens costumam pensar da seguinte forma: "eu conheço , eu sei mexer, logo eu sei me proteger" mas isso, infelizmente, não é verdade. Nós vimos na pesquisa que muitos deles já sofreram com problemas online", afirma Alexandre Momma, diretor de Atendimento da TNS Brasil e responsável pela pesquisa encomendada pela McAfee.
Entre as dez principais atividades desenvolvidas na rede por jovens, em sete delas há o compartilhamento de informações pessoais com desconhecidos. Segundo a pesquisa, 46% deles admitem incluir sua localização em perfis de redes sociais, 33% exibem fotos, 22% revelam o número do celular, 21% o nome da escola e 9% citam o telefone residencial, dados considerados suficientes para fraudes online, cyber bullyings e sequestros.
Para Alexandre Momma, além da conscientização dos jovens, a participação dos pais é fundamental para evitar o comportamento de risco na internet. "A participação dos pais para manter a segurança e privacidade dos filhos ainda é muito passiva, muito tímida. Por outro lado, proibir o uso da internet, coibir, restringir demais, não é eficaz. Isso porque a grande maioria dos jovens acessa fora de casa, pelo celular, e têm maneiras de esconder comportamentos", afirma.
Segundo José Matias Neto, gerente de suporte técnico para clientes corporativos da McAfee do Brasil, os jovens se tornaram o principal alvo dos golpes virtuais nos últimos anos. "Os ataques estão evoluindo muito rápido para atingir esse público. É um público que está mais suscetível, principalmente porque eles estão na idade de achar que podem resolver tudo sozinho. Acham que estão "enganando" os outros, mas estão enganando a si mesmos", alerta Matias.
Ele acredita que a conscientização sozinha não se sustenta e que os pais precisam reforçar o uso de ferramentas contra os ataques, como antivírus, firewalls, além de recomendar aos filhos que evitem fazer downloads de softwares e de arquivos de fontes desconhecidas. "O mundo inteiro sofre com isso, não é exclusividade do Brasil. É preciso juntar as duas frentes e não privar os adolescentes, que ainda não entendem direito os seus limites", diz.










