As vendas no varejo de material de construção tiveram queda de 7% em outubro na comparação com o mês anterior, divulgou nesta segunda-feira a Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, entidade que representa 138 mil lojas do setor no país).
Entre os dez segmentos acompanhados pela pesquisa, feita em parceria com o Ibope Inteligência, apenas um apresentou crescimento: o de telhas e caixas d'água, que subiu 1,5% em relação ao mês anterior. Todos os demais apresentaram queda, com destaque para o cimento, que caiu 10%.
Para o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, as vendas devem voltar a subir no próximo mês. "Apesar destes resultados, esta mesma pesquisa traz uma forte percepção de que novembro deverá bater todos os recordes de vendas, segundo o grau de otimismo apresentado no estudo pelos comerciantes", disse.
MAIS CAROS
De acordo com Conz, os meses novembro e dezembro "serão muito impactados pela proximidade do término do benefício referente à desoneração do IPI [Imposto Sobre Produtos Industrializados] nos materiais, previsto para encerrar dia 31 de dezembro deste ano, o que vai fazer com que tanto os consumidores como as construtoras se apressem para aproveitar os preços mais baixos".
A Anamaco estima que os produtos que, a partir de 1º de janeiro, os produtos tiverem o fim do benefício da desoneração devem ficar 8% mais caros.
O varejo de material de construção acumula crescimento de 9% de janeiro a outubro deste ano e de 10% nos últimos 12 meses. A estimativa da Anamaco para 2010 é a de atingir 11% de crescimento sobre 2009, quando o setor bateu recorde de faturamento histórico de R$ 45,04 bilhões.




