Cauã Reymond deu uma sumida da novela global "Passione". Não porque seu personagem, Danilo, se enfiou numa viagem quase sem volta ao mundo das drogas pesadas. O ator passou por uma cirurgia no quadril que o obrigou a se afastar das gravações há quase um mês. O curioso é que o problema do ator serviu ao personagem. Danilo foi expulso de casa pelo pai, que foi assassinado. Além disso, usa crack e em breve será reencontrado, desta vez como mendigo. O IG/Babado falou com Cauã, ainda em recuperação da cirurgia.
IG: Como anda sua recuperação Cauã? Você tem prazo para voltar a gravar?
Cauã Reymond: Superbem. A minha recuperação está acontecendo mais rápido até do que o previsto e já volto a gravar na próxima semana.
IG: Quais são os próximos desafios do Danilo? Vamos ver ele se acabar ainda mais por causa das drogas?
Cauã Reymond: O Danilo ainda vai sofrer bastante por conta da dependência química, deve voltar como morador de rua e vai mostrar a decadência de um usuário de crack.
IG: Como você, pessoalmente, enxerga essa problemática? Há drogas que poderiam ser vendidas em farmácias, como os remédios tarja preta, ou em bares, como as cachaças, ou não?
Cauã Reymond: Acho que o Brasil não tem estrutura para descriminalizar as drogas neste momento, mas no futuro vai ser inevitável se deparar com essa questão. Aliás, não somente o Brasil, mas o mundo todo.
IG: Não tenho como deixar de perguntar: quem matou Eugênio e Saulo, em sua opinião? Vamos soltar uma aposta?
Cauã Reymond: Desconfio do Arthurzinho... [O mordomo da casa da família de seu personagem, vivido pelo ator Julio Andrade]
IG: Assim que acabar a novela, vai se dedicar mais ao cinema? Dos seus filmes, quais devem estrear em breve?
Cauã Reymond: Na verdade, vou continuar me dedicando ao trabalho de ator de forma geral e a projetos interessantes. Se aparecer um ótimo filme, com certeza quero estar dentro! No ano passado fui guloso e participei de quatro filmes que estão para ser lançados: “Não se Pode Viver sem Amor”, de Jorge Durán, “Reis e Ratos”, de Mauro Lima, e “Estamos Juntos”, de Toni Venturini, além de “Meu País”, de André Ristum.
IG: Você vem se destacando muito como um dos melhores atores de sua geração. O que se faz quando você precisa contracenar com alguém mais jovem que não está concentrado, não decorou o texto ou não entendeu a intenção do personagem? Você é do tipo que dá um toque ou deixa a tarefa para o tempo ou para o diretor?
Cauã Reymond: Obrigada pelo elogio! Posso agir das três formas, dependendo da ocasião. Se o cara está nervoso, acho que é o diretor quem deve conversar com ele, sempre. Se ele me pergunta ou pede ajuda, eu falo o que acho e que pode ser construtivo para ele naquele momento. Mas tem certas coisas que é melhor nem falar. O melhor mesmo é deixar o tempo fazer esse trabalho.