Equipes da Saúde de Palmeira dos Índios intensificam combate a meningite tipo B

23/10/2010 14:55 - Roberto Gonçalves
Por Roberto Gonçalves

 
Uma equipe de técnicos da Secretaria Municipal de Saúde de Palmeira dos Índios continua adotando as medidas-padrão de combate a prováveis casos de meningite do tipo B na cidade, em especial na Escola Dr. Gerson Jatobá Leite. Isso porque na última quarta-feira, 20, um menor de 12 anos entrou em óbito vitimado pela doença ante de chegar ao Hospital de Doenças Tropicais, em Maceió.
Neste sábado, dia 23, uma equipe da secretaria esteve na escola, onde realizou uma palestra. Na ocasião, pais, alunos e a professora do menor tiveram a oportunidade de esclarecer suas dúvidas sobre a doença e possibilidades de contágio.
Segundo a Coordenadora da Vigilância em Saúde de Palmeira dos Índios, Maria Leide Alencar, afirmou que a morte do menor não significa epidemia de meningite do tipo B, pois foi o primeiro caso registrado este ano. “No caso do menor, ele teve contato com algum portador da bactéria e teve morte praticamente instantânea. A família dele já recebeu a medicação, já que a possibilidade de contaminação através de algum familiar é mais provável”, afirmou a coordenadora.
“Este caso é isolado e não há surto da doença no município, como também no Estado. Desde que tivemos conhecimento do caso, tomamos as medidas preventivas necessárias, já que o único hospedeiro da bactéria causadora da meningite tipo B é o próprio homem sendo sua transmissão ocasionada através de secreção respiratória”, explicou Leide Alencar.
De acordo com a profissional, qualquer pessoa está suscetível a ser portadora do vírus ou da bactéria, a qual gosta de ambientes fechados com umidade e de pouca limpeza. “Ou seja, é importante que medidas básicas de higiene sejam tomadas por todas as pessoas. No caso aqui da escola, por exemplo, sugerimos que cada criança tenha seu próprio copo e que as mãos sejam sempre lavadas. São medidas simples como esta que podem evitar a transmissão da meningite e de outras doenças”, ponderou.
Após algumas colocações de pais que se mostraram receptivos às explicações e sugestões de cuidados no cotidiano de cada pessoa, a enfermeira da vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde, Ana Paula Duarte, explicou que apenas os colegas de sala do menor receberiam o antibiótico, com eficácia de 95%. Com esse tratamento haverá a inibição da bactéria Neisseria Meningitidis, evitando a manifestação e prevenindo outras prováveis vítimas.
A diretora da escola, Remilda Pereira Ribeiro, afirmou que medidas de higiene vêm sendo adotadas na escola desde 2008 quando foram instalados bebedouros, antes os alunos bebiam água em copos de uso coletivo. “Fiquei chocada com aquela realidade e cuidamos logo em mudar, assim como também orientar nossos alunos com noções básicas de higiene. Queremos que os pais e alunos sejam multiplicadores dessas medidas simples, mas eficazes quando o assunto é a saúde de todos nós”, disse.

Tratamento
Após a palestra, os alunos do quinto ano foram pesados individualmente e os pais receberam os medicamentos para serem tomados a cada 12 horas durante dois dias. Ainda na sala de aula eles começaram o tratamento, sob olhar atento dos responsáveis.
As equipes da escola e da secretaria de saúde seguiram para as residências de cinco alunos que não compareceram à reunião. A chamada busca ativa encerrou-se ainda pela manhã deste sábado com a medicação de todos os alunos matriculados no quinto ano.
Na noite da próxima terça-feira, 26, está sendo convocada uma reunião geral com todos os pais e alunos da escola para maiores esclarecimentos sobre o assunto, já que se espalhou pela cidade o boato de que Palmeira dos Índios estava sendo acometida por uma epidemia de meningite B.

Orientações
A ação da bactéria causadora da meningite B começa abruptamente e sua evolução é rápida podendo levar ao óbito num período de 24 a 48 horas. A vítima sente febre alta, prostração, dor de cabeça, vômitos, aparecimento de pequenas manchas na pele que inicialmente parecem com picadas de mosquitos, mas que rapidamente aumentam de número e de tamanho, dor e dificuldade na movimentação do pescoço.
Em crianças com menos de um ano de idade, as manifestações da meningite podem ser mais inespecíficas como febre, irritação, choro constante e sem rigidez de nuca. Se não for rapidamente tratada com antibióticos, a doença pode evoluir com confusão mental e coma no menor.
Se algum dos sintomas persistir, a criança deve ser levada imediatamente para o posto de saúde ou hospital mais próximo.

Assessoria PMPÌ.

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