No primeiro julgamento do Estado a ser realizado após a Lei Seca o estudante Rafael Teixeira foi condenado a oito anos e quatro meses de prisão por ter provocado a morte do agente federal André Barros, ao dirigir embriagado e bater no carro da vítima.
O julgamento, que teve mais de 10 horas de duração, aconteceu no Fórum do Barro Duro e foi presidido pelo juiz Geraldo Amorim, que ao declarar a sentença explicou que a Justiça não pode se calar e existe para reparar os atos de pessoas que misturam álcool e direção, agindo sem responsabilidade.
Além dos oito anos, o juiz Geraldo Amorim determinou um pagamento de uma multa estipulada no valor de R$ 5 mil. Os familiares que fizeram caminhadas e manifestações e esperavam uma pena maior, enquanto o advogado de Rafael, Tales Azevedo anunciou que irá recorrer da sentença
Relembre o caso
O acidente, que vitimou André Barros, ocorreu no dia 24 de maio do ano passado, no Conjunto Murilopólis. Rafael Teixeira conduzia uma caminhonete Ranger, de cor preta e placa MUV-3802, quando perdeu o controle do veículo, bateu em uma árvore, subiu no canteiro e colidiu com o Prisma, que era conduzido por André Barros. O policial faleceu na hora e o passageiro que vinha no carro com ele ficou ferido. Latas de cerveja foram encontradas na Ranger.
Teixeira também teve ferimentos e foi encaminhado a Santa Casa de Misericórdia de Maceió. O proprietário da caminhonete, José Amaro da Silva, 46, prestou queixa de furto na Delegacia de Plantão I, no bairro do Farol. Segundo Amaro, o jovem havia pego o veículo sem autorização.
O técnico em enfermagem ficou internado em observação no hospital e, durante toda a semana após o acidente, a assessoria da Santa Casa não divulgou informações sobre o estado de saúde do jovem, seguindo ordens da família. No dia 27 de maio, o delegado Fernando Tenório enviou uma equipe ao hospital e o Teixeira foi encaminhado para o 7º Distrito Policial.
Teixeira foi transferido para o sistema prisional e passou cerca de dois meses preso, até ser beneficiado em um mutirão da Justiça. Com a decisão, ele passou a responder o processo em liberdade.












