Dezenas de pessoas estiveram reunidas na manhã deste domingo (17) em uma caminha pela Paz no trânsito, na praia da Pajuçara organizada por familiares por familiares do policial Federal, André Jerônimo Costa de Barros, morto em maio de 2009 após ser atingido por um carro conduzido por um motorista embriagado no Murilopolés.
Familiares e amigos do agente federal vestiram camisas branca com a foto de André Barros pedindo paz e Justiça no trânsito. Faixas com frases “Não faça de seu carro uma arma, a vítima pode ser qualquer um de nós.” foram utilizadas com intuito de lembrar a sociedade sobre a mistura perigosa entre álcool e direção, já que essa combinação pode tirar a vida de muitas pessoas, inclusive de inocentes.
Familiares pedem condenação máxima para o motorista que atingiu o carro do agente federal. Rafael Teixeira vai a julgamento no próximo dia 20, às 8h, no Fórum do Barro Duro.
A esperança da família é que esse caso não fique impune, como muitos outros acidentes de trânsito. Rafael Teixeira está respondendo ao processo em liberdade e será submetido a júri popular, na 9ª Vara Criminal da Capital. Apesar da acusação, o réu que não tinha carteira de habilitação na época do acidente, conseguiu o documento. Esse fato leva a mais uma questionamento até que ponto os crimes de trânsito são punidos no nosso Estado.
Relembre o caso
O acidente, que vitimou André Barros, ocorreu no dia 24 de maio do ano passado, no Conjunto Murilopólis. Rafael Teixeira conduzia uma caminhonete Ranger, de cor preta e placa MUV-3802, quando perdeu o controle do veículo, bateu em uma árvore, subiu no canteiro e colidiu com o Prisma, que era conduzido por André Barros. O policial faleceu na hora e o passageiro que vinha no carro com ele ficou ferido. Latas de cerveja foram encontradas na Ranger.
Teixeira também teve ferimentos e foi encaminhado a Santa Casa de Misericórdia de Maceió. O proprietário da caminhonete, José Amaro da Silva, 46, prestou queixa de furto na Delegacia de Plantão I, no bairro do Farol. Segundo Amaro, o jovem havia pego o veículo sem autorização.
O técnico em enfermagem ficou internado em observação no hospital e, durante toda a semana após o acidente, a assessoria da Santa Casa não divulgou informações sobre o estado de saúde do jovem, seguindo ordens da família. No dia 27 de maio, o delegado Fernando Tenório enviou uma equipe ao hospital e o Teixeira foi encaminhado para o 7º Distrito Policial.
Teixeira foi transferido para o sistema prisional e passou cerca de dois meses preso, até ser beneficiado em um mutirão da Justiça. Com a decisão, ele passou a responder o processo em liberdade.









