Montevidéu - O Sebrae é a principal instituição de apoio às micro e pequenas empresas na América Latina e no Caribe. A avaliação é do consultor da Divisão de Ciência e Tecnologia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Montevidéu, Pablo Angelelli, responsável por um estudo técnico que avalia o desempenho de diversas instituições de apoio na região.
O levantamento, realizado em 2006, foi atualizado pelo consultor, que divulgou novos apontamentos ontem (5), em Montevidéu, no Uruguai, durante o Seminário Desafios de Cooperação das Instituições de Apoio às MPE na América Latina e Caribe, organizado pelo Sebrae, com apoio da Associação dos Dirigentes de Marketing do Uruguai (ADM). O seminário antecedeu a programação do Fórum Interamericano da Microempresa - Foromic 2010, que segue até sexta-feira (8) na capital do Uruguai.
"O Sebrae é uma entidade muito forte, um exemplo a ser seguido por outros países, além de possuir recursos financeiros, excelente corpo técnico e consultores com conhecimento capaz de transformar a realidade das micro e pequenas empresas atendidas. É uma instituição mais que adequada, fundamental para o desenvolvimento dos pequenos negócios", elogiou Angelelli.
Angelelli disse ainda que existem outros bons exemplos na América Latina e Caribe de instituições de apoio que possuem poucos funcionários e recursos, mas realizam um excelente trabalho. Ele citou o Serviço de Cooperação Técnica (Sercotec) chileno e a Comissão Nacional da Micro e Pequena Empresa (Conamype), de El Salvador.
O estudo divulgado por Angelelli durante o seminário traz importantes conclusões e reflexões. Uma delas é que poucas instituições têm atualmente alta capacidade para o desenvolvimento de políticas para micro e pequenas empresas. Segundo o consultor do BID, a América Latina e o Caribe têm o grande desafio de melhorar a produtividade e as instituições de apoio são responsáveis por esse processo.
"As políticas para micro e pequenas empresas podem contribuir para enfrentar o desafio da produtividade", assinalou. Ainda de acordo com o estudo, o diálogo e a cooperação regional constituem ferramentas-chave para o fortalecimento institucional. Angelelli defendeu uma agenda para melhorar a imagem das instituições, contendo aspectos como autonomia e esforços para aprender e coordenar.
Angelelli sugeriu uma avaliação mais profunda das capacidades institucionais como planejamento, segmento e avaliação, relação público-privada e de programas específicos para divulgar boas práticas.




