Produtores, empreendedores, professores, representantes de diversas instituições e autoridades do Estado de Alagoas, participaram nesta terça-feira (05), da primeira etapa da oficina sobre as políticas dos Arranjos Produtivos Locais (APL). O evento realizado na sede do Sebrae Alagoas buscou discutir os principais aspectos do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), seus pontos negativos, positivos e possíveis melhorias.
Esta avaliação está sendo realizada em 22 estados do país e é uma iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e o Grupo de Trabalho Permanente dos Arranjos Produtivos Locais (GTPAPL). A ideia é identificar a participação dos parceiros no projeto, o apoio tecnológico recebido, as políticas de crédito, o desenvolvimento dos APL, a gestão dos arranjos, entre outras ações.
Em Alagoas, o estudo foi coordenado pela professora Cecília Lustosa, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade Federal de Alagoas (FAC- UFAL), que identificou pontos positivos, como o amplo atendimento aos produtores no Estado, mas também pontos negativos, como a falta de infraestrutura de alguns APL. Além dessas constatações Cecília mostrou possíveis caminhos para o crescimento do projeto e do Estado.
“O ponto mais importante de todo o estudo é o desenvolvimento dos produtores e do Estado. Para que aja esse crescimento é necessário que os dois trabalhem juntos. Os empresários de pequenos negócios precisam interagir de uma forma melhor com as grandes empresas, com os grandes empreendimentos que estão chegando no Estado, como o estaleiro de Coruripe e a duplicação da Braskem”, afirma Cecília.
Segundo a professora, primeiramente, deve existir uma organização dos produtores, dos produtos e das organizações que com eles trabalham. Após essa organização, deve ser feita uma articulação entre os empreendedores de micro e pequenos negócios e as grandes empresas, com a mediação de instituições parceiras dos APL, como o Sebrae, Senai, entre outras.
Para Ronaldo Moraes, gerente da Unidade de Territórios Específicos do Sebrae Alagoas e coordenador do Programa de Arranjos Produtivos Locais, a análise dessas políticas é uma grande oportunidade de enxergar os problemas, buscar soluções e principalmente mostrar os pontos positivos para os demais estados do país.
“A oficina dará visibilidade ao nosso projeto A discussão inicialmente será em nível estadual, regional e nacional. Todas as conclusões podem servir de base para o desenvolvimento do programa”, diz Ronaldo.
Os APL, diferente de projetos voltados ao empreendedorismo individual, é um estimulo ao desenvolvimento da economia local, pois estimula a formação de parcerias e redes empresariais, dando aos empreendedores de pequenos negócios a oportunidade de acessar serviços, produtos, capacitações e mercados, que dificilmente seriam acessados de forma isolada.
O evento realizado no Sebrae/AL, segue até esta quarta- feira(6), abordando o tema “Superando dificuldades no acesso ao crédito”. Mais informações pelo 4009-1738.




