Além das reclamações acerca da desorganização para o início do Censo 2010 em Alagoas, os recenseadores que finalizaram as pesquisas foram surpreendidos, ao receberem um pagamento menor ao que estava previsto no edital do concurso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No contrato estava previsto o desconto para a contribuição do INSS e em algumas faixas, o salário variava de R$800,00 a 1200,00. No entanto, foi retirado do pagamento um valor atribuído ao número de casas que deveriam ser visitadas, mas estavam fechadas ou em construção, o que não foi informado previamente aos recenseadores.
Segundo um recenseador, que preferiu não se identificar, muitas pessoas ficaram revoltadas com o desconto no pagamento e outras, ainda não receberam o dinheiro do IBGE, após mais de dois meses do início da pesquisa.
“Em nenhum momento fomos avisados sobre o desconto por causa das casas onde não conseguimos encontrar ninguém. Isso não foi nossa culpa, voltamos várias vezes a esses locais. Sou da faixa 4 e recebi só R$ 700,00, mas o edital do concurso não previa nada disso”, lamentou.
O coordenador operacional do Censo 2010 em Alagoas, Carlos Augusto de Souza informou que a remuneração dos recenseadores é composta pelo número de domicílios visitados e ocupados e ainda, pela quantidade de pessoas recenseadas. No final da pesquisa é pago 50% do valor e após a supervisão do trabalho, o IBGE tem15 dias para liberar o restante do pagamento.
“Não há um pagamento fixo e a remuneração é composta por esses três itens. Na última parcela do pagamento é descontado 8% do INSS. Se o recenseador recebeu R$ 600,00 é porque só cumpriu a meta que equivale a isso”, explicou.








