Para que oferecer outros alimentos ao bebê até os seis meses, se leite materno é mais prático e já sai na temperatura ideal? Com esse questionamento, e visando sempre a conscientização da prática de amamentação, bem como o oferecimento de alimentação saudável na hora de substituir o leite materno, a Gerência de Nutrição da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu nesta terça-feira (28) uma oficina sobre alimentação complementar.

A finalidade é formar profissionais de saúde da Atenção Básica capacitados para impulsionar a orientação alimentar como atividade de rotina nos serviços de saúde, contemplando a formação de hábitos alimentares saudáveis desde a infância, com a introdução da alimentação complementar em tempo oportuno e de qualidade, respeitando a identidade cultural e alimentar das diversas regiões.

“A estratégia do serviço de nutrição é fortalecer o aleitamento materno, que é o início para a boa nutrição, e após os seis meses, começar a ofertar outros alimentos saudáveis, trabalhando a qualidade, variedade e quantidade nutricional, estimulando assim o consumo de frutas, verduras e legumes”, ressaltou a mestra em nutrição Sybelle Cavalcante.

Segundo a gerente do Núcleo de Nutrição da Sesau, Amália Alencar, a oficina ajudará os tutores a conscientizar sobre o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, para então começar a introduzir outros tipos de alimentos, observando a qualidade, a quantidade e o tempo entre as refeições. Só após um ano a criança pode começar a comer a mesma comida dos adultos da casa.

“A introdução dos alimentos tem que ser de forma gradativa, pelo menos ofertar às crianças oito a dez vezes um determinado alimento, porque tudo é novo para elas. Estimulando o hábito da alimentação saudável se garante no futuro um adulto saudável”, explica Amália.

Para trabalhar os dez passos de uma alimentação saudável, durante a oficina, será realizada uma roda de conversa em sete unidades básicas do Programa Saúde da Família (PSF), quando os participantes irão viver na prática o que foi aprendido na parte teórica.

Ainda segundo Amália, o serviço de nutrição trabalha com a implementação de ações de políticas públicas, monitorando a situação alimentar e nutricional através do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) e com programa de suplementação de micronutrientes, vitaminas A e ferro.

A oficina também contou com a presença da representante da Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (IBFAN) e da nutricionista da Sesau Yana Aline Melo.