A resolução 277/2008 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que determina o uso de dispositivos de segurança para transportar crianças nos veículos aumentou a demanda pelas conhecidas cadeirinhas e tem causado frustração nos pais em Maceió, já que o produto está em falta na maioria das lojas da capital. Algumas pessoas optaram pela compra através da internet, mas também não conseguiram encontrar o produto.
O dispositivo indicado para crianças com peso superior a 13 quilos e com idade entre 4 e 7 anos e meio é um dos mais procurados. Existem atualmente 97 modelos de cadeirinha, assento de elevação ou bebê conforto, entre importados e nacionais, como os produzidos pela Burigotto, que têm o selo do Inmetro.
De acordo com a nova medida, os recém-nascidos com até um ano de idade devem ser transportados no bebê-conforto. De um a quatro anos, as crianças devem ir em cadeirinhas. Já entre quatro e sete anos e meio, o ideal é que utilizem o "booster" - assento elevatório.
A nova lei deveria ter entrado em vigor em junho deste ano, mas, devido a falta do produto no mercado, o Contran decidiu prorrogar para 1º de setembro o prazo para a obrigatoriedade do uso dos assentos infantis. No entanto, os fabricantes não têm conseguido entregar as encomendas no prazo. A multa para quem descumprir a determinação é de R$ 191,54 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Além da cadeirinha, campanhas para a utilização do cinto de segurança no banco de trás têm se intensificado, inclusive para crianças entre sete anos e meio e dez anos de idade. De acordo com relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) a utilização correta da cadeirinha reduz em 70% a possibilidade de morte de um bebê em acidente.
Demanda em Maceió
Só em uma loja de departamento de Maceió estima-se a comercialização de mais de 5 mil cadeirinhas desde o anúncio da obrigatoriedade do dispositivo. Mas, segundo Eraldo Lins, proprietário de uma loja infantil no Centro, por causa da demanda o produto está em falta no Nordeste. Ele afirmou que alguns pais que têm filhos com 6 anos e meio, por exemplo, preferem comprar cadeirinhas maiores, assim como acontece no caso do bebê conforto.
“Os fabricantes também têm demorado para entregar o produto. Os pais não compram muito o bebê conforto, porque a criança perde logo. Eles preferem a cadeirinha de 1 a 4 anos. O assento de elevação não é mais obrigatório e a procura é quase zero”,contou.
Ele informou que o preço do produto varia entre R$ 100 a 500 reais, dependendo da marca e do tamanho. “Aqui o assento custa R$ 93,00, mas há lugares onde é mais caro. A cadeirinha de 1 a 4 anos é vendida por R$ 400,00. Já a de 5 a 7 anos custa em média R$ 500,00”.
A assistente financeira, Karla Calheiros é mãe de um menino de 5 anos e não conseguiu encontrar a cadeirinha correspondente, inclusive pela internet. Ela afirmou que teme ser multada pela fiscalização e está transportando seu filho no banco de trás, usando o cinto de segurança.
“Tentei comprar na sexta-feira passada, mas o estoque tá esgotado. Olhei em vários sites e também não tem. Maceió não tem estrutura para cumprir essa lei. Conheço várias pessoas que também não conseguiram comprar e quando encontram é muito caro, em torno de R$ 700,00. Se eu for parada em uma blitz vou dizer que não encontrei o produto nas lojas”, lamentou









