Sinttro/AL decide que ônibus não circularão pelo Trapiche em dias de jogo

25/08/2010 12:51 - Maceió
Por Redação
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A diretoria do Sindicato dos Rodoviários de Alagoas (Sinttro/AL) decidiu que em dias de jogo os ônibus não circularão nas proximidades do Estádio Rei Pelé, no bairro do Trapiche, devido à depredação feita por torcedores. Recentemente, um motorista da empresa São Francisco, identificado como Aldo teve os olhos feridos por estilhaços de vidros, após o retrovisor do coletivo ser atingido por uma pedra, jogada por supostos integrantes da Torcida Mancha Azul. Ele corre o risco de perder parcialmente a visão.

Além desse episódio, ocorrido no jogo entre CSA e Potiguar, o presidente do Sinttro/AL, Écio Oliveira lembrou que em dias de jogos Maceió vira um caos e muitos passageiros e rodoviários são prejudicados depois da ação de torcedores, a exemplo de um motorista que fazia a linha Benedito Bentes Colina e acabou sendo espancado e obrigado a mudar o itinerário do ônibus, além de uma criança, ferida por uma pedra.

Oliveira informou que deverá haver uma reunião com o Ministério Público, a Polícia Militar e os responsáveis pelas torcidas Mancha Azul e Comando Auvi Rubro para haver um rigor maior com os associados e ainda, para que o Estatuto do Torcedor entre em vigor, prevendo punições para os agressores. Ele ressaltou que em dia de jogo, 1 hora antes da partida os ônibus só vão até o Centro e voltam a circular pelo Trapiche 2h depois.

“Estamos decididos, mas isso só vai acontecer se a reunião não for marcada antes do próximo jogo. Entre as pautas está o pedido para que os torcedores não usem as camisas dos times. Isso evitaria provocações, mas também temos que conversar com os presidentes das torcidas organizadas. Se não for possível um controle o caminho é acabar com elas ou o estádio irá ficar vazio, pois as pessoas estão com medo”, afirmou.

O presidente do Sinttro lamentou a falta de efetivo policial para coibir as ações de vandalismo, que segundo ele também acontecem em outros bairros da cidade. “Os torcedores começam no Tabuleiro e vão até o Trapiche bagunçando nos coletivos. Eles marcam brigas, soltam bombas e quando passam por alguns lugares ficam provocando”, lamentou.
 

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