Pesquisadores japoneses inventaram um modo de dar um olfato mais aguçado para robôs, ao usar ovos geneticamente modificados de rãs.
Com tamanho de uma caixa de fósforos, o aparelho consiste em dois eletrodos (ripas de metal) e oócitos (células produzidas nos ovários) de rãs que receberam genes de insetos responsáveis pela detecção de odores. Quando uma substância química passa pela superfície dos ovos, uma corrente elétrica diferente é gerada de acordo com as moléculas responsáveis por cada tipo de cheiro. Para provar o conceito, os pesquisadores desenvolveram um robô que mexe a cabeça quando sente odores.
O objetivo é usar a invenção a fim de projetar máquinas melhores para a detecção de gases poluentes como o CO2 (dióxido de carbono). O diretor da pesquisa, Shoji Takeuchi, do Instituto de Ciência Industrial da Universidade de Tóquio, diz que o mecanismo "é muito importante para o ambiente". Takeuchi e seus colegas injetaram partes do DNA de três insetos (duas variedades de mariposa e drosófilas) em ovos extraídos de rãs africanas.
Estudos anteriores já haviam determinado que certos segmentos de DNA dos três insetos eram responsáveis pela detecção de odores e gases, diz o pesquisador.
– Injetamos DNA nos ovos das rãs e com isso somos capazes de produzir sensores muito úteis e de baixo custo.
Depois, os ovos alterados foram colocados em um cartucho especialmente projetado, onde foram expostos a diferentes odores e produtos químicos.
– Usamos três tipos de feromônios e um odorante [os quatro são semelhantes em termos químicos] e os ovos se provaram claramente capazes de separar e detectar os diferentes cheiros e produtos.









