Deputados de diversos partidos fizeram uso de verba pública no primeiro mês de campanha oficial.

08/08/2010 06:59 - Política
Por Redação

Pelo menos cinco gabinetes nos Estados, custeados pela Câmara, foram usados para fim eleitoral. Além disso, 375 dos 513 deputados (75% deles) gastaram, juntos, R$ 809 mil em combustível rodando suas bases num período em que o Congresso estava em recesso e a eleição corria a todo o vapor.

A Folha identificou escritórios em São Paulo e no Rio que reembolsaram recurso público em julho e onde é possível conseguir material eleitoral.

Oficialmente, a campanha começou no dia 6 de julho. Em Brasília, o Congresso passou metade do mês fechado e, na outra metade, teve quorum inexpressivo - foram apenas quatro dias de votação.

Em São Paulo, José Genoino (PT-SP) lançou na Câmara, em julho, nota fiscal no valor de R$ 334 para alugar sofá, cadeiras e mesas. No seu gabinete na zona oeste da capital, há pilhas de caixas com panfletos e adesivos. O petista disse que assumirá os custos a partir de agora.

Guilherme Campos (DEM-SP) informou à Receita Federal que o CNPJ da campanha, destinado à movimentação das despesas eleitorais, tem o mesmo endereço da sua representação parlamentar.

Procurado, seu advogado confirmou que se trata do mesmo imóvel, mas argumentou que representação e comitê eleitoral funcionam em salas separadas.

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