Litoral sul de Alagoas, lugar escolhido para as gravações do filme “O Bem Amado, seduziu pela beleza: Praia do Gunga, onde as águas da lagoa e do mar se encontram. Acompanhamos um grupo de turistas em um passeio de escuna.

'Tudo muito lindo. Visitamos outras praias, mas nenhuma igual a essa e nós escolhemos o lugar pelas belezas naturais', avisa a enfermeira Gilda Halal.

Eles registram cada detalhe: a beleza dos coqueirais, dos mangues, os bancos de areia. Romantismo que também inspirou a obra “O Bem Amado”, de Dias Gomes. Na tela, Neco Pedreira, interpretado por Caio Blat, se apaixona por Violeta, vivida por Maria Flor. É um romance proibido entre o narrador da história e a filha do prefeito Odorico Paraguassu (Marco Nanini), que faz de tudo para inaugurar um cemitério.

Para chegar até as falésias, atores, figurantes, toda a equipe de cenografia veio nos bugres, assim como os turistas.

'Eram 15 viagens por dia', conta o bugueiro Paulo Sérgio Ferreira.

Era na praia que ficava a casa de Zeca Diabo, personagem de José Wilker. 'Eu até imagino como foram as filmagens. Fiquei surpresa, não imaginava que no meio da praia existia essa paisagem', elogia a professora Ivete Lima.

O filme mostra um tubarão no mar. As pessoas correm assustadas. Mas isso, claro, só na dramaturgia. Não há risco de tubarão na região. Gunga é uma praia de mar calmo e águas mornas. Um cenário de tirar o fôlego. A alagoana Crystianni conhece bem. Figurante na trama, ela relembra momentos inesquecíveis durante as gravações: “Muita gente, calor. Usamos vestidos longos, preto. Nunca vamos esquecer”.