Uma greve de controladores franceses contra a reestruturação do espaço aéreo europeu obrigou nesta quarta-feira o cancelamento de diversos voos, além do fechamento de alguns pequenos aeroportos.

Os sindicatos temem, em particular, que os 4,4 mil controladores franceses e boa parte dos outros 8 mil empregados da Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) percam seu estatuto de funcionários ao serem absorvidos por uma estrutura junto a seus colegas da Alemanha, Suíça, Bélgica, Holanda e Luxemburgo na Fonctional Airspace Block Europe Central (Fabec).

"As previsões nos dois grandes aeroportos de Paris estão sendo cumpridas", declarou à Agência Efe um porta-voz da (DGAC), que disse que o protesto está transcorrendo sem incidentes, manifestações relevantes ou ações de piquetes.

Entre os aeroportos de Paris, lembrou, o de Orly é o mais afetado, com 50% dos voos cancelados, enquanto no Charles de Gaulle (ou Roissy), o de maior atividade do país, a percentagem de cancelamentos é de cerca de 20%.

Em Nice, terceiro aeroporto francês em tráfico, foram cancelados aproximadamente 10% dos voos, sobretudo os que unem a capital da Côte D'Azur com Paris.

É possível que alguns dos voos previstos para amanhã, sobretudo os de chegada a aeroportos franceses, ainda sofram algum atraso devido a este novo protesto dos controladores contra a reorganização do espaço aéreo europeu.

O DGAC estima que 30% dos controladores franceses estão em greve e 10% do conjunto do pessoal da Aviação Civil, resultado similar ao das greves realizadas em janeiro e fevereiro.

Os organizadores fazem, no entanto, um balanço bem mais otimista e qualificam a mobilização de "forte". Advertem, além disso, que se a situação não mudar, convocarão outro protesto similar para o mês de setembro.

Esta é a terceira greve dos controladores aéreos franceses contra a reorganização do espaço aéreo para sua unificação na União Europeia (UE) neste ano.