Dirigida pelo técnico Bernardinho, a seleção brasileira masculina de vôlei só teve uma derrota (para a Holanda) na fase eliminatória da Liga Mundial, em 12 jogos. Assim, chega como destaque à fase final, que vai desta quarta-feira (21) a domingo (25) em Córdoba, Argentina. Nesta primeira rodada, o Brasil enfrenta a Argentina às 21h (de Brasília); na quinta-feira (22), a adversária será a Sérvia.

Desse Grupo E, passam duas seleções às semifinais, que serão no sábado (24). Do Grupo F, classificam-se duas outras seleções, entre Itália, Rússia e Cuba. A final será no domingo (25).

No comando de Brasil e Argentina estão dois ex-levantadores de seleções que foram um marco no vôlei dos dois países. Inicialmente, os dois foram reservas de levantadores brilhantes: Bernardinho, de William Carvalho, e Carlos Javier Weber, de Waldo Kantor.

Bernardinho fez parte da geração de prata – vice-campeã do Mundial da Argentina-1982, que também seria prata na Olimpíada seguinte, em Ls Angeles-1984. Weber estava na seleção mais carismática de seu país, que naquele torneio em seu país foi medalha de bronze, saindo de um 22º lugar do Mundial anterior.

Encerradas as carreiras como jogadores, Bernardinho e Weber se tornaram técnicos excepcionais. Mas, como relação às respectivas seleções, o Brasil é total favorito. Está na briga por seu nono título da Liga Mundial - e os brasileiros nunca perderam desses adversários, na competição. Do total de 93 jogos na história, o Brasil venceu 78 vezes contra 15.

Mas Bernardinho diz que o jogo, na casa do adversário, “será uma pedreira”.

- A Argentina teve a oportunidade de fazer dois amistosos com Cuba e um jogo contra a Rússia, na semana passada. É um time que está bem preparado e o Weber teve a chance de fazer várias mudanças a equipe.

A seleção de Weber está em transição, com vários jogadores bem jovens, que não conseguiram vencer nenhum dos 12 jogos da fase de classificação – a Argentina teve vaga assegurada na fase final como país-sede. Mas Bernardinho mantém a cautela.

- Eles vão jogar sem responsabilidade, com o apoio da torcida. E o Brasil sempre entra sob a pressão de ter de ganhar.

O Brasil poderá contar com o capitão Giba, que estava em tratamento para uma bursite no ombro direito.

Na mesma rodada, pelo Grupo F, a Itália enfrenta a Rússia, com folga de Cuba.