Não bastasse a crise financeira e técnica em que está envolvido, um novo problema veio conturbar ainda mais o ambiente no Paraná Clube, nesta quarta-feira. Ruy Gel, procurador do atacante Marcelo Toscano, disse que o atleta não deverá seguir jogando na Série B, devido aos atrasos de salários.
"Hoje chegamos a uma situação que não tem mais como controlar, colocar uma pano por cima, esconder o que está acontecendo. Ele não está mais contente, tem muitas coisas extra-campo que o Paraná não está mais cumprindo", disse o empresário, em entrevista à Rádio Banda B.
Sem especificar qual é o tempo de atraso, Gel afirmou que a legislação esportiva permite que o jogador se desligue do clube. De acordo com a Lei Pelé, um atleta pode requerer a rescisão de contrato, após três meses de atraso em seus vencimentos.
"A legislação esportiva favorece o atleta. A partir de um certo tempo de atraso, permite que ele manifeste", disse, revelando que o jogador tem uma proposta do clube português Vitória de Guimarães .
Tissot mostra surpresa
O diretor de futebol paranista, Aramis Tissot, mostrou surpresa com a posição do procurador.
"Desconheço isso aí. Hoje eu conversei com o Toscano, acertei uma situação com ele. Estive com o jogador, aí vem o procurador e fala isso. Acho que é hora de manter a tranquilidade, não quero me indispor com ninguém, antes de saber exatamente o que está acontecendo", disse.
Tissot disse que, nesta quinta-feira, o clube lançará uma promoção de ingressos, para os dois próximos jogos, contra Náutico, no dia 31 e Coritiba, no dia 7 de agosto. A intenção é oferecer, em venda antecipada, 5 mil bilhetes a R$ 100, em um tentativa de levantar receitas para colocar em dia os salários.
O diretor admitiu deixar a função, caso a campanha não seja bem-sucedida. "Se não houver mobilização da torcida neste caso eu vou colocar meu cargo à disposição", afirmou.