A Telesp, unidade do grupo espanhol Telefónica no Brasil, anunciou nesta terça-feira que atingiu em julho a marca de 3 milhões de clientes de seu serviço de banda larga Speedy. O número implicou uma alta acumulada de 14% sobre dezembro passado. Para os próximos meses, a operadora prevê continuidade desta trajetória de forte crescimento.
Após ter enfrentado problemas no último ano em sua rede de internet rápida, a Telesp registrou recorde de adesão de usuários no primeiro semestre. A empresa apresentou dados referentes ao período de janeiro a 15 de julho. No intervalo, foram 363 mil novos assinantes do Speedy.
De acordo com diretor-executivo do segmento de clientes residenciais da empresa, Fabio Bruggioni, "a perspectiva para o segundo semestre é na mesma linha de crescimento" vista na primeira metade de 2010.
Lançado em dezembro de 1999, o Speedy teve sua comercialização proibida por cerca de dois meses em junho de 2009 pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), depois de uma série de interrupções no serviço.
Investimento – A Telesp prevê investir cerca de 930 milhões de reais na rede do Speedy neste ano, acima dos 750 milhões de reais aportados em 2009 e quase o dobro dos 500 milhões de reais em 2008. O valor destinado à banda larga representa 40% do investimento total previsto pela empresa neste ano, de 2,3 bilhões de reais.
"Vamos continuar investindo de uma maneira muito forte, muito concentrada, em banda larga. O futuro do setor de telecomunicações é banda larga, não só para empresas (de telefonia) fixa como móvel", disse a jornalistas o presidente do Grupo Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente.
Em 2010 até agora, 86% das assinaturas do Speedy foram para famílias das classes C e D.
Em 1º de agosto, a empresa reduzirá o valor da mensalidade do Speedy com 2 megabit de 78,85 reais para 69 reais. É nessa velocidade de transmissão de dados que a companhia aposta que ocorrerá o maior crescimento daqui por diante.
Valente destacou o fato de a Telesp ter 3 milhões de clientes de banda larga mesmo com atuação restrita ao Estado de São Paulo, onde a empresa é a concessionária de telecomunicações.
"Ainda que exista operador de banda larga com mais clientes que nós, o concorrente opera em mais Estados. Um em cada quatro domicílios de São Paulo é atendido pelo Speedy", disse, mencionando que há 13 milhões de domicílios no Estado.
Vivo – O executivo evitou fazer comentários sobre o imbróglio envolvendo a operadora móvel Vivo, que tem o controle dividido entre Telefónica e Portugal Telecom e os espanhóis tentando assumir o comando da empresa. Ainda assim, disse que a Vivo seria importante para ampliar a capilaridade do grupo para fora do Estado de São Paulo.
"Todo o conhecimento que adquirimos aqui (São Paulo) pode ser colocado em outros Estados (com a Vivo)", afirmou, frisando a relevância paulista para a economia brasileira e por ter população equivalente à "toda Argentina ou Colômbia".