Quebrangulo vai capacitar seu povo para reconstruir uma nova cidade

04/07/2010 17:18 - Edmilson Teixeira
Por Redação

 

“O meu futuro agora só Deus é quem sabe”. Com essa curta frase, em tom de absoluta tristeza, mas demonstrando bastante equilíbrio emocional, dizia na manhã deste domingo, 4, em Quebrangulo, diante dos escombros que restaram de sua casa, o comerciante José Cardoso de Oliveira. Ele que, além dessa gravidade, chegou a perder também depois de 14 anos, a sua churrascaria. “Esses eram os meus únicos patrimônios” lamentava ‘Zé de Lourdes’ como é conhecido; que assim como centenas de outros quebrangulenses enfrentam desde o dia 18 de junho último, a angústia causada pela fúria do rio Paraíba, que triturou em menos de três horas de relógio, uma grande parte dos imóveis ribeirinhos da cidade. “Estou agora com meus dois filhos abrigados na Casa Paroquial ao lado de uma infinidade de gente”, revelou.


O prefeito Marcelo Lima, contabiliza que pouco mais de 4.800 pessoas estão convivendo hoje na cidade, em casas de parentes e em prédios públicos. Afirma que as doações têm sido satisfatória e que todas as providências técnicas estão sendo tomada, a fim de garantir no mais breve possível a reconstrução do que foi destruído. “Com o apoio do DER/AL, estamos operando com uma boa frota de máquinas e caminhões, além de carros pipas, carros tanques para a limpeza urbana e outros veículos que têm servido de apoio para atender a população; sobretudo na distribuição de donativos que não param de chegar”, disse o prefeito. Ele argumentou também, que já decretou, que toda área que fica ao redor da cidade (parte alta) passa a ser de utilidade pública; uma vez que os planos que estão em vista, principalmente com apoio do governo federal, não permitem mais a construção de moradias às margens do rio.


Quanto à aquisição de mão de obra qualificada para reconstruir a cidade, sobretudo pela demanda existente hoje no Estado no campo da construção civil, o prefeito Marcelo Lima disse que esteve com a direção do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica), de Palmeira dos Índios. ”Fizemos uma parceria com o Cefet, a fim de garantir em Quebrangulo, a presença de instrutores daquele órgão, objetivando capacitar eletricistas, encanadores, pedreiros entre outros. Por sinal, essa é uma maneira da gente gerar emprego e renda na região, entre as próprias vítimas das enchentes que ficaram desempregas e que muitos não têm sequer uma profissão” frisou.


“A catástrofe do histórico “18 de junho de 2010” afetou 100% da população quebrangulense. No município, que conta com pouco mais de 12.500 habitantes, foi registrado a destruição praticamente de todo centro comercial. Pontes, casas e repartições públicas também foram afetadas por completo, e muitos imóveis ficaram debilitados. Além do mais, houve pane geral no sistema de energia elétrica, telefones; fixo e móvel e no sistema de abastecimento de água. Somente nesses últimos dias, é que aos poucos esses serviços vêm sendo normalizado” relatou o prefeito Marcelo Lima.

 

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