A Icann, empresa que supervisiona a concessão de endereços de internet, aprovou nesta sexta-feira (25) a criação do domínio .xxx para sites com conteúdo pornográfico. O órgão, que é controlado pelo governo dos Estados Unidos, vinha resistindo à criação desse sufixo e rejeitou a mudança várias vezes nos últimos anos. A autorização foi definida em uma reunião que aconteceu em Bruxelas, segundo o site americano PC World.

Stuart Lawley, presidente da ICM Registry, entidade independente que apoia a mudança para o .xxx e vai comercializar o domínio, comemorou a aprovação.

- Tem sido uma longa jornada. A decisão deverá em breve mostrar o resultado dos nossos esforços de seis anos para criar um endereço da internet específico para o entretenimento adulto online, e isso vem seguido de uma revisão independente que declarou que a decisão anterior da Icann para negar esse domínio estava errada.

A revista Time informa que devem ser arrecadados US$ 30 milhões por ano na venda do domínio, que custa US$ 60 por unidade. Lawley disse que US$ 10 de cada venda serão doados a entidades de proteção infantil. Já foram feitas mais 110 mil pré-reservas, mas os primeiros sites com .xxx devem surgir somente no final deste ano porque a proposta ainda passará por uma revisão.

Membros do conselho da Icann vinham argumentando que, para manter a neutralidade na concessão dos domínios, deveria ser criado o .xxx, permitindo que sites com conteúdo sexualmente explícito o utilizassem de maneira voluntária.

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A pornografia online é uma indústria gigante. Segundo dados do grupo de estudos Internet Pornography Statistics, mais de R$ 5.400 são gastos com esse tipo de conteúdo a cada segundo. A palavra "sex" (sexo em inglês) é o termo mais buscado no mundo, representando 25% de todas as buscas na web.

Estima-se que existam cerca de 370 milhões de sites pornográficos na internet, o que significa que .xxx pode se tornar o sufixo mais usado do mundo, talvez até superando o .com.

Alguns membros da indústria pornográfica, no entanto, são contrários à utilização do domínio e afirmam que a medida pode facilitar a censura e prejudicar os negócios. A direita religiosa norte-americana também é contra a criação do sufixo por razões morais.