Cada vez que joga um videogame, o jogador está melhorando sua visão e outras funções do cérebro, revelou um estudo apresentado em uma conferência sobre videogames como uma ferramenta de aprendizado, realizada na Universidade de Nova York.
Segundo Daphne Bavelier, professora do departamento de ciência cognitiva e do cérebro da Universidade de Rochester, “as pessoas que jogam esses jogos de ritmo rápido possuem uma melhor visão, e uma maior facilidade de adquirir conhecimento”.
Ela foi a apresentadora de um simpósio, chamado Jogos para o Aprendizado, sobre os usos dos videogames e dos jogos de computador, revelou o site The Huffington Post.
Primeiro evento sobre o assunto, ele mostra que os jogos eletrônicos estão sendo levados a sério na sala aula. Os debatedores discutiram como as pessoas aprendem e como os jogos podem ser desenvolvidos para ser mais educacionais ainda.
Sigmund Tobias, da Universidade de Nova York, disse que um estudo da força aérea israelense revelou que alunos que jogavam o videogame Fortaleza Espacial tinham um desempenho melhor em seu treinamento de piloto do que aqueles que não jogavam.
Ele acrescentou que os alunos que jogavam jogos sociais, que promovem a cooperação, tendiam a ajudar os outros em situações da vida real, como intervir quando alguém estava sendo molestado.
A pesquisa de Daphne focou nos jogos de primeira pessoa, como Unreal Tournament e Medal and Honor, nos quais o jogador é um soldado aliado durante a Segunda Guerra Mundial.
A cientista disse que os jogos do tipo mate ou morra podem melhorar a visão periférica e a habilidade de ver objetos no escuro. E que eles podem ser usados para tratar ambliopia, ou olho preguiçoso, uma doença caracterizada pela má visão em um dos olhos.
Daphne disse que os games podem melhorar o desempenho em matemática e em outras tarefas cerebrais porque neles o jogador aprende a aprender, a usar os recursos para se adaptar ao que é exigido dele.
- Os games vão acabar fazendo parte do currículo da escola, mas isso ainda deverá levar uma geração.
Nem todo mundo concorda. Gavin McKiernan, diretor de um conselho de pais sobre a televisão, um grupo preocupado com o sexo e a violência na mídia, diz que quando se trata de videogames os efeitos negativos pesam mais do que os positivos porque o jogador não assiste a um assassinato: ele é o próprio assassino.
Daphne diz que os jogos educacionais poderiam ser desenvolvidos para aproveitar os efeitos positivos dos games em primeira pessoa, mas sem a violência.
- A maioria das mulheres detesta videogames de ação. Mas não é preciso usar os tiros. Você pode usar, por exemplo, uma princesa com uma varinha mágica. Cada vez que ela toca em algo, isso se transforma em uma borboleta brilhante.









