A ex-prefeita Ângela Garrote parece que não vem pegando mais no pé do atual administrador do município José Almerido da Silva, seu criado político. Tida até então como uma espécie de Primeira-Ministra, Ângela pouco anda na sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), a fim de tratar de assuntos de seu município, com era de seu hábito até há bem pouco tempo. Ao que parece, José Almerido ficou mai esperto no assunto, sobretudo assumindo a postura de prefeito.

O detalhe é que na última eleição, Garrote foi eleita, no entanto não assumiu o mandato, por entender o TSE que ela queria se perpetuar no cargo. O recurso chegou em Brasília por meio do MP sob argumento de que caso a candidata obtivesse o registro, resultaria em um quarto mandato sucessivo de um membro que compõe o mesmo núcleo familiar.

Isso porque seu marido foi eleito para prefeito em 97 e reeleito em 2000. No mandato seguinte, Ângela foi eleita para o cargo e o exerceu de janeiro de 2005 a junho de 2007, quando então teve seu mandato cassado pelo TRE/AL. Na ocasião o TRE/AL entendeu que houve simulação no divórcio entre os dois com o objetivo de se perpetuarem no cargo.

No entanto o TRE/AL considerou que nas eleições de 2008 ela poderia concorrer. Para impedir sua candidatura, o MP foi acionado e recorreu ao TSE, órgão que decretou pouco mais de um mês logo após a eleição, o cancelamento do registro de Ângela. Ela teria sido eleita com 4.574 votos ( 55,77%) dos votos válidos.

Nesse rolo todo, depois houve uma eleição extra, ocorrida no dia 15 de março do ano passado, e seu candidato, o Almerindo ganhou com uma margem de mais de 57% dos votos válidos.