Tinga volta ao Inter e se sente ‘mais colorado ainda’

14/05/2010 08:01 - Futebol
Por Redação

O nascimento no Grêmio, as exigências do futebol profissional, as andanças de uma carreira que por vezes exige frieza de espírito, nada disso tirou de de Paulo César Tinga, agora com 32 anos, uma certeza: ser colorado desde o canto mais profundo coração. Nesta sexta-feira, ele vestiu a camisa do Inter, reencontrou o clube que o fez ser campeão da América de 2006, e afirmou que volta ao Beira-Rio ainda mais vermelho.

- Volto mais colorado ainda. Se eu pudesse ser duas vezes colorado, seria. Com todo respeito a outros, sou colorado mesmo. Não é para fazer média. Falo isso de coração – afirmou o jogador.

A torcida do Inter leva uma beliscada no coração ao lembrar de Paulo César Tinga. Foi ele quem fez, em 16 de agosto de 2006, o gol do título da Libertadores. Aproveitou cruzamento de Fernandão, desviou de cabeça e saiu correndo, eufórico. Tirou a camisa e acabou expulso. Foi campeão mesmo assim. Mas deixou o Inter dois dias depois, para aproveitar experiência de quatro anos no Borussia Dortmund, da Alemanha. Ele não teve o privilégio de disputar o Mundial de 2006. Agora, o objetivo é preencher essa lacuna.

- Estou torcendo para que o pessoal ganhe a Libertadores para eu ter essa oportunidade. Saí e deixei isso para os outros. Lógico que no dia, até antes, a coisa não tinha entrado muito na cabeça. Tinha ido para um clube fora do normal em termos de qualidade, de torcedor. Quando chegou o dia da final (contra o Barcelona), viajei para cá. Chegueu no dia. Quando desci em São Paulo, estava passando o jogo. Tive que entrar no avião. Fiquei ali dentro pensando: “era para eu estar lá”. O dia do jogo foi bem difícil. Eu gosto de ganhar. Foi uma oportunidade que perdi – disse Tinga.

O jogador tinha outras propostas, especialmente uma do Fluminense e outra do futebol do Qatar. Escolheu o Inter porque ouviu o coração e pela certeza de encontrar um clube que lhe oferece boas condições de trabalho.

- Foi uma coisa que não foi tão fácil, em se tratando de que além do coração, temos o lado profissional, a família. Não foi tão fácil. Tinha uma situação do Fluminense e uma do Qatar. Resolvi vir para cá pelo carinho que tenho pelo clube, pelas pessoas que conheço no clube, pela estrutura. Lá fora, sempre comentamos dessas três ou quatro equipes que têm qualidade para trabalhar no Brasil, e o Inter é sempre uma delas. Além disso, tinha que zelar e cumprir uma palavra que tinha com a diretoria: que a primeira opção, quando eu voltasse, seria o Inter.

É incerto quando o jogador poderá estrear pelo Inter. O clube tentará incluí-lo nas semifinais da Libertadores, para que ele possa disputar uma eventual decisão, mas o período de inscrição é anterior a agosto, quando ele poderá ser registrado na CBF – período em que reabre a janela de transferências do exterior. Além disso, o Inter analisa a expulsão dele na final de 2006.

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