Nesta quinta-feira acontece em Salvador a pré-estreia do curta-metragem Indígenas Digitais, um documentário que retrata como índios de várias etnias estão utilizando a tecnologia para troca de informação e aprendizado. O projeto é o resultado da parceria da ONG Thydewá com a Cardim Projetos e conta com o patrocínio da Oi e apoio da Oi Futuro e do Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural do Governo da Bahia, o Fazcultura.
O documentário retrata um trabalho que vem sendo desenvolvido nas comunidades indígenas desde 2004, com a entrada de computadores e celulares no cotidiano das tribos por meio de parceira com a ONG Thydewá.
A primeira iniciativa foi o Portal Índios On-line - http://bit.ly/bevJe4 - uma rede social na internet que busca aproximar e dar voz aos povos indígenas do Brasil. O site traz matérias escritas, registradas e filmadas pelos próprios índios.
Maria Arlete Gonçalves, diretora de cultura da Oi Futuro, explicou que os projetos têm como objetivo apoiar e reconhecer ações que promovam o desenvolvimento humano através da tecnologia. Este foi o caso documentário Indígenas Digitais, parte do projeto Novos Brasis. "O filme é um produto cultural que deve ser exibido para que as pessoas entendam como a tecnologia mudou a vida das pessoas" afirmou Maria Arlete.
No curta-metragem, integrantes de nações indígenas como a Tupinambá e Pataxó Hahahãe, da Bahia, e a Pankararu, de Pernambuco, relatam como celulares, câmeras fotográficas, filmadoras, computadores e, principalmente, a internet, vêm sendo ferramentas importantes na busca das melhorias para as comunidades indígenas e nas relações destas com o mundo globalizado.
"Esse é o resultado da tecnologia reduzindo distâncias, aproximando as pessoas para que a sociedade possa ter acesso a essas nações indígenas, não se pode isolar esse grupo", diz Maria Arlete.
De acordo com Sebastián Gerlic, idealizador e diretor do documentário, o curta-metragem tem como intuito mostrar a cultura indígena para todo o Brasil, desmitificando o "preconceito que prega que os índios devem ficar escondidos na mata, excluídos da sociedade" afirmou.
"A inserção digital permite a valorização social das minorias, fazendo com que os povos indígenas resgatem e preservem suas tradições e fortaleçam suas etnias", analisa Maria Arlete.
O lançamento nacional do curta será dia 19 de abril, no Rio de Janeiro, culminando com as celebrações do dia do Índio.









