Em 2008, o Facebook encerrou uma polêmica ação judicial com dois gêmeos americanos que diziam autores da ideia original do maior site de relacionamentos da internet com o pagamento de uma quantia não revelada. Fim da história? Não para Cameron e Tyler Winkelvoss, que, numa entrevista à BBC, afirmaram: o processo ainda não acabou.

Os dois são remadores e ex-colegas do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, na Universidade de Harvard, onde criaram o site de relacionamentos ConnectU. Quando o Facebook começou a fazer sucesso, processaram Zuckerberg pelo roubo da ideia, recebendo uma quantia que, estima-se, pode ter chegado a US$ 65 milhões.

Na véspera de uma competição na Inglaterra - competiriam pela Universidade de Oxford -, os gêmeos Winkelvoss se recusaram a confirmar a extensão do acordo. "Acho que dá para dizer que este capítulo ainda não acabou", disse Cameron.

"É nosso dever nos apegar aos princípios. Queremos ter certeza de que o que é certo está certo", acrescentou Tyler.

Os dois gêmeos, que começaram a criar o ConnectU em 2003, disseram acreditar que Zuckerberg trabalhava com eles na mesma ideia até que, em 2006, ele lançou um site com uma ideia parecida: o Facebook.com. O site de Zuckerberg se tornou rapidamente popular no campus de Harvard e então, já com o nome reduzido para Facebook, se tornou um sucesso mundial.

"Foi realmente um choque", disse Tyler.

O acordo feito em 2008, segundo a BBC, envolveu a transferência de ações do Facebook pertencentes a Zuckerberg para os dois irmãos. A disputa, no entanto, aparentemente reside no valor destas ações.

Mas, questionado a respeito pela BBC, o Facebook considerou a questão "concluída". "O acordo foi aplicado pelos tribunais e as tentativas de adiar aquela decisão foram negadas duas vezes", disse a empresa de Zuckerberg.