Polícia confirma que militar preso é suspeito na morte do também PM Lira

26/02/2010 03:46 - Interior
Por Redação
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O militar reformado Edílson Gomes de Lira foi preso na tarde desta quinta-feira (25), em Arapiraca. A prisão foi realizada pelo delegado Paulo Cerqueira, da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), cumprindo mandado expedido por juízes da 17ª Vara (Crime Organizado)

Segundo o delegado Maurício Henrique Duarte, da Diretoria de Polícia Judiciária (Área 2), o militar é suspeito de envolvimento no assassinato do também soldado PM Natan Semeão de Lira, crime ocorrido no último dia 4 de fevereiro, nas imediações da estação rodoviária de Arapiraca.

O delegado revelou que Natan Semeão de Lira era informante da Polícia Civil, nas investigações da “Operação Tamaron”, e vinha sofrendo perseguição por parte de acusados no crime.

Também está preso por suspeita de envolvimento no assassinato de Natan, José Francisco da Silva, o Casinha, que teria apontado a vítima para os dois pistoleiros contratados para cometer o homicídio.

No momento da prisão de Casinha, ele estava com uma motocicleta com placa adulterada. Por coincidência, a prisão ocorreu nas imediações do local do assassinato do PM.

O diretor de Polícia Judiciária (Área 2) afirmou também, que outras quatro pessoas podem ser presas a qualquer momento, por serem suspeitos de ter participado da trama que resultou na morte do soldado – informante da PC.

Operação Tamaron

A Tamaron foi a maior operação já realizada pela Polícia Civil em Arapiraca e teve como objetivo de combater roubo de veículos e cargas e assassinatos por encomenda no Agreste alagoano.

O trabalho resultou na prisão de onze pessoas e apreensão de seis armas, computadores e até animais silvestres. O trabalho mobilizou cerca de 60 policiais civis e 15 delegados de polícia.

A operação ocorreu em setembro de 2008. Na oportunidade foram presos: a empresária Lúcia Lira, viúva do também empresário Severino da Bananeira; o delegado Gilberto França ( falecido ); os comerciantes Paulo José Ferreira – o “Branco do Cigarro”, “Sandro da Bebida” e Ronaldo Marchante; os policiais civis Alessandro (o Supla) e Alberto; o cabo do Corpo de Bombeiros, José Josenilton Amaral de Brito, o “Sargento Palmeira”; e o soldado PM Edílson Santos.

O delegado Maurício Henrique informou, à época, que os mandados judiciais atenderam a pedido feito pela Polícia Civil, e estavam relacionados com cinco inquéritos em fase de investigações.

A operação, conforme o delegado, foi antecipada em virtude do assassinato do empresário Mário Jorge Filho, 40, e de uma chacina ocorrida no Sítio Poção, zona rural de Arapiraca, na qual três pessoas morreram - Cícero Pedro da Silva, o Cícero da Salete; o filho dele, Edson Cícero da Silva, 14, e o motorista e ex-agente penitenciário, Rodiney Rodrigues Silva Souza, 37.

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