Através de uma nota oficial a Prefeitura da cidade de Rio Largo, cidade da Região Metropolitana de Maceió, contestou os número divulgados pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), órgão da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau)
De acordo com os número, divulgados na semana passada, Rio Largo foram notificados 139 casos contra os sete registrados em 2009. Do total de casos graves de dengue, que chegou a 30 notificações em todo o Estado, 9 foram registrados em Rio Largo.
Em Alagoas, e acordo com os dados, os casos da doença aumentaram em 71,56%, de 1º de janeiro a 15 de fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2009. O último boletim mostra que os registros subiram de 415 para 717 casos notificados.
A nota da Prefeitura diz que os dados divulgados pelo Estado não refletem exatamente um crescimento dos casos de Dengue e sim a detecção real do número de casos existentes no município e que desde o ano passado está sendo feita uma intensificação do trabalho realizado pelos agentes de saúde.
“A verdade é que havia poucos agentes de saúde nas ruas para trabalhar e notificar. É o que chamamos de sub-notificação. 90% dos vetores foram descobertos a partir dessa notificação. Mas o problema da dengue hoje atinge grande parte do Brasil e o estado de Alagoas. É importante observar que o número de áreas descobertas e isentas de trabalhos de prevenção e controle de infestação predial durante os anos anteriores ao desta gestão comprometeu sistematicamente a detecção das áreas de risco presentes no município”, esclareceu a secretária municipal de Saúde, Petrúcia Melo Moraes.
Segundo o Plano Municipal de Contingência da Dengue, realizado por Rio Largo, em fevereiro deste ano, com o grande número de ocorrências de dengue clássica no Estado de Alagoas, e também devido ao grau de letalidade dos casos de Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) e à possibilidade de uma epidemia a partir do período chuvoso, cresce a preocupação da Administração Municipal, uma vez que grande parte dos fatores contributivos para a ocorrência desse agravo é produzida pelo homem no ambiente urbano", diz a nota.
Na cidade de 67 mil habitantes, o recolhimento de lixo, que vinha sendo realizado pela empresa Limpel, está atrasado.
Em todos os bairros são encotrados lixo amontoados, favorecendo a proliferação do mosquito transmissor da dengue, ratos, baratas e até urubus.
Por várias vezes a reportagem do CadaMinuto tentou entrar em contato pelo telefone com o prefeito da cidade e com sua assessoria de comunicação. Mas não teve retorno.