O lema da Record, ‘a caminho da liderança’, já está na ponta da língua de Carlos Geraldo Santana de Oliveira. Ele acaba de assumir a presidência da Record Rio, depois de seis anos no comando do braço da emissora em Brasília e de presidir a Record News desde 2008.
“Vim para dar trabalho. Vamos ser líderes primeiro aqui no Rio de Janeiro. Sou baiano e como diz o ditado baiano não nasce, estreia’”, brinca.
Carlos destaca que seu papel é dar continuidade a um trabalho que já estava sendo bem feito. Apaixonado pela cidade, quer consolidar a marca da emissora entre os cariocas.
“As pessoas têm que respirar a Record. Olhar para todos os lados e enxergar a emissora. Queremos estar cada vez mais presentes nas comunidades e o prêmio Atitude Carioca, que elege personalidades do Rio agora no dia 28 de janeiro, já é uma guinada nesse sentido. Vamos investir ainda mais em shows, eventos, fazer todo mundo pensar nas Olimpíadas desde já”, planeja.
Outro projeto que pode ter o alicerce iniciado ainda em 2010 é a construção da nova sede da emissora. “Já estamos buscando o local ideal. Precisamos de uma estrutura toda projetada para TV, pois em Benfica foi tudo adaptado. Esse é um sonho que pretendo concretizar. Valorizamos nosso capital humano — temos quase 500 funcionários hoje — e queremos um lugar charmoso para as pessoas trabalharem, mas que também dê agilidade para a equipe do jornalismo”, almeja.
Para continuar na batalha pelas grandes audiências — na última quarta-feira, ‘Poder Paralelo’ bateu o ‘Festival de Sucessos’ da Globo, que exibia o filme ‘O Contrato’ por 18 a 16 pontos — Carlos afirma que o segredo é dar continuidade à regionalização da programação e à flexibilidade da grade. “Os telespectadores se veem nas nossas novelas, todas feitas aqui. O projeto do ‘Hoje em Dia’ no Rio pode ganhar ainda mais força. Sem falar no Wagner Montes, que é um sucesso em audiência e em retorno publicitário. Há fila de espera para anunciar no programa dele”.
Prestes a alcançar a maioridade — a Record Rio completa 18 anos de existência em fevereiro — a intenção é que o Rio se torne referência cada vez mais. “Essa cidade sempre foi uma influência cultural muito forte para mim e para os brasileiros. Todo mundo segue as tendências daqui’, valoriza Carlos.
Cidade cenográfica de R$ 4 milhões
O presidente da Record, Alexandre Raposo, falou dos novos projetos da emissora. Vão ser gastos R$ 4 milhões para montar a primeira cidade cenográfica construída para ‘Ribeirão do Tempo’, que estreia em fevereiro. Também será inaugurada a primeira Oficina de Atores, com uma turma de 20 pessoas. “Queremos formar nossos protagonistas”, adianta Alexandre.
O filme originado da minissérie ‘A Lei e o Crime’, de Marcílio Moraes, finalmente vai ganhar forma. “Começaremos a filmar em abril. A estreia será em 2011”, conta.
Outro forte trunfo da Record são os direitos exclusivos de exibição dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Apesar de não citar nomes, Alexandre garante que novas contratações serão feitas para montar a equipe esportiva.
“Sem pretensão, faremos a melhor exibição de Olimpíadas da história, pois nossa grade não é engessada. E não vamos tapar os patrocinadores dos atletas quando eles aparecerem em entrevistas, como faz a outra emissora. Se são essas empresas que estão dando oportunidade ao esportista, não temos que esconder”, alfineta.
"Reality shows’ também continuarão tendo espaço. ‘A Fazenda 3’ já está confirmada.
“E, de repente, nossos telespectadores vão poder escolher até quem vai participar”, diz. No segundo semestre, ainda vai estrear o ‘reality’ sobre moda, ‘Projeto Runway’, com Ana Hickmann.