Engenheiros da Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos, decidiram tirar algum proveito da maneira com que se locomovem as baratas e em vez de considerar repugnante qualquer aproximação com esses animais, como acontece com muita gente, eles já usam as informações para construir robôs mais ágeis e eficientes.

O estudo publicado na revista científica Bioinspiração e Biomimética descreve como os animais usam as patas para gerenciar o armazenamento e propulsão de energia, o que garante uma eficiência única para se movimentar.

Além da barata e de outros insetos, a galinha-d’angola é outra espécie em análise.

John Schmitt, professor da Escola de Mecânica Industrial e Engenharia de Manufatura da universidade, diz que a observação das baratas surpreendeu a equipe.

- Os seres humanos podem se movimentar, mas, francamente, nossas capacidades não são nada se comparadas ao que alguns insetos podem fazer. As baratas são incríveis. Podem correr rapidamente, se movimentar de maneira fácil em um terreno acidentado e reagir a perturbações mais rápido do que um impulso nervoso.

Essas características fazem parte da lista que devem ser o foco da construção de robôs futuros.

- Uma barata não pensa muito sobre suas ações, ela só as executa e isso tem também a ver com sua estrutura corporal.

Schmitt diz que se tudo der certo, os robôs poderão desempenhar papéis importantes em trabalhos difíceis como operações militares ou exploração do espaço e até mesmo para melhorar próteses de partes do corpo usadas por pessoas que tiveram seus membros amputados.