Conquista do risco médio motivou eventos agropecuários em 2009

28/12/2009 02:18 - Interior
Por Redação

Exposições com maior número de visitantes, animais participantes e negócios consolidados. Leilões com faturamento acima ao de anos anteriores. Os eventos agropecuários de Alagoas obtiveram, em 2009, grande êxito.

O bom desempenho é atribuído, entre outros fatores, à zona de risco médio de febre aftosa. Conquistado pelo Estado em meados de abril, o título possibilitou o envio e comercialização de animais e produtos derivados de regiões com as quais não era possível negociar devido a zona de risco desconhecido.

“Com o trânsito de animais liberado para grande parte do Norte e Nordeste, os eventos puderam receber rebanhos de criadores de outros Estados, que também compraram animais alagoanos, fortalecendo o comércio entre as regiões”, afirma Hibernon Cavalcante, diretor presidente da Agência de Defesa Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal).

Um dos melhores resultados foi observado na Expoagro 2009, realizada entre outubro e novembro. Considerada o maior evento agropecuário de Alagoas, a exposição recebeu animais de diversos Estados e pulou de um faturamento de cerca de R$ 7 milhões, em 2008, para aproximadamente R$ 12 milhões, em negócios diretos e indiretos, em 2009.

Para o presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domício Silva, a zona de risco médio teve influência direta no crescimento. “A mudança de status deu segurança aos criadores de negociarem com a certeza que os animais poderiam ser levados pra outros Estados. Sem necessidade de quarentena ou risco da transferência ser impedida”, explica.

Além da abertura de novos mercados, os eventos também foram beneficiados pelo ânimo dos pecuaristas, fortalecido com o novo status. “Se não fosse a mudança talvez esta exposição nem acontecesse, por causa da desanimação dos produtores com a zona de risco desconhecido”, declarou o presidente do Sindicado Rural dos Produtores de Leite de Alagoas (Sindileite) e coordenador da Expobatalha, André Ramalho, durante abertura do evento, em setembro.

Animais alagoanos também puderam voltar às exposições fora do Estado. “Após dez anos praticamente ilhados, o risco médio trouxe ânimo aos produtores, que puderam participar novamente de grandes exposições como a Nordestina, em Recife”, lembra o agropecuarista Celso Barros Correia.

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