ma plantação de aproximadamente 500 pés de feijão e de milho na Praça Silvio Romero, no Jardim Leonor, em Campinas, divide opiniões e causa polêmica entre os moradores da região. A criação da lavoura em plena praça pública foi motivada pelo abandono no local, cujo mato impede a passagem dos pedestres na região e serve como abrigo para usuários de drogas e assaltantes.

A área plantada com pés de feijão e milho tem cerca de 320 metros quadrados e começou a ser cultivada por Aldir José Graff, gerente de uma churrascaria próxima. Graff explicou que o mato alto sempre foi um risco para as pessoas que caminham pela praça, principalmente no período da noite. “A Prefeitura faz a manutenção, às vezes, mas é insuficiente porque o matagal cresce rápido”, disse. “A praça não possui canteiros e áreas de paisagismo, com plantas ou flores e isso contribui para o mato invadir”, afirmou.

A área pública apresenta outros problemas no piso, no calçamento e nos equipamentos como bancos e playground quebrados. “É um descaso total e, cansado de ver essa situação, decidi plantar jogar defensivo agrícola em uma área e plantar o feijão e o milho, para evitar o mato e garantir mais claridade no caminho dos pedestres”, disse Graff.

Moradores estão divididos

O plantio foi aprovado pela maioria dos moradores, mas alguns não gostaram na iniciativa e arrancaram parte da lavoura. Um dos moradores contrários, Diógenes Simões, concordou que a praça está abandonada, mas alegou que a plantação não é a solução. “O plantio de milho e de feijão transformou a praça numa verdadeira bagunça”, reclamou. “Além disso, é patrimônio público e a atitude do morador caracteriza invasão”, afirmou. Já Ivo Fernandes, outro morador antigo do bairro, aprovou o plantio. \'Pelo menos acabou com o matagal na região. Quem sabe a Prefeitura resolve fazer alguma coisa e vem cuidar da área que está totalmente abandonada.”