O Facebook mudou suas configurações de privacidade para dar aos usuários maior controle sobre suas informações e ao mesmo tempo permitir que elas sejam compartilhadas com internautas que não estão cadastrados na rede social. As mudanças devem facilitar a vida de seus mais de 350 milhões de usuários, permitindo que limitem quem pode ou não ver o que pensam, filmam e fotografam, além de outras informações pessoais, mas também lhes dará a oportunidade de expor um conjunto mais amplo de suas informações para o público geral de internautas.
A medida aparece no momento em que buscadores como Google e Microsoft começam a se interessar em integrar aos seus resultados de buscas esse volume cada vez maior de conteúdo gerado pelo internauta nas redes sociais. Além disso, também há a crescente concorrência do Twitter ao Facebook - as informações do primeiro são abertas ao público geral.
- Certamente, queremos atender às demandas das pessoas que queiram compartilhar informações de diversas formas diferentes - disse o vice-presidente de Comunicação Global e Políticas Públicas do Facebook, Elliot Schrage.
Os usuários que entram no Facebook são recebidos com uma mensagem que explica as novas opções de privacidade e depois leva a uma nova página na qual elas são apresentadas. Você pode escolher compartilhar seus dados com "todos" ou utilizar a "configuração antiga", o que confunde um pouco já que nem todos conhecem sua configuração antiga. Mas basta passar o mouse por cima do botão que ele revela a opção.
Nova página de configuração de privacidade do Facebook /Crédito: Reprodução
O Facebook é conhecido pelas suas configurações de privacidade exageradamente complicadas que confundiam o usuário. A mudança tenta acabar com essa má fama. Por outro lado, a rede social sempre foi elogiada por ter como padrão a proteção aos dados dos internautas. Agora, a configuração padrão para todas as opções é de compartilhar informação com todos. Quem quiser proteger suas publicações, terá que prestar atenção na hora de preencher suas opções.
Além dessas configurações gerais, os usuários poderão também determinar com quem querem compartilhar cada uma de suas atualizações. As opções são "amigos", "amigos de amigos" e "todos", que significa todos os internautas mesmo, não só os cadastrados no Facebook. A exceção são os menores de 18 anos, que não terão a opção "todos" disponível. Passa a existir também a opção de criar grupo de amigos - como "colegas da faculdade" - para certos tipos de atualizações.
Alguns defensores do direito a privacidade alegam que as mudanças na verdade diminuirão o controle que usuários do Facebook têm sobre seus dados pessoais. As listas de amigos e comunidades poderão ser facilmente vistas por qualquer um, por exemplo. Isso é um problema, pois "mesmo algo aparentemente inócuo como uma lista de amigos por revelar muito sobre uma pessoa", diz Kevin Bankston, advogado da Electronic Frontier Foundation. Embora seja possível não revelar a sua lista de amigos, a opção não é fácil de encontrar, alerta ele, o que vai contra a intenção do Facebook de facilitar o processo.
Como prometido, o Facebook acabou com suas redes geográficas, pois muitas delas, como Nova York ou Austrália, estavam simplesmente grandes demais. A rede de Londres tinha 5,7 milhões de pessoas, por exemplo.









