Aniversário da Taturana: Rui Palmeira lamenta falta de transparência na ALE

06/12/2009 08:44 - Política
Por Redação
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Dois anos após aquele 6 de dezembro de 2007, data na qual foi deflagrada a Operação Taturana pela Polícia Federal, o deputado estadual Rui Palmeira (PSDB) lamentou a falta de transparência que ainda compromete a atuação do Legislativo em Alagoas.

“Mesmo com a Taturana, os vícios ainda são visíveis e a transparência não se tornou, infelizmente, regra na Casa de Tavares Bastos”, afirmou o parlamentar na manhã deste domingo ao Cada Minuto.

Rui Palmeira disse que mesmo com os graves indícios de desvio de recursos públicos levantados pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), as contas da Casa de Tavares Bastos ainda são desconhecidas até pela maioria dos próprios deputados. Palmeira afirmou que “nem mediante requerimentos protocolados a Mesa Diretora repassa as informações, e não se sabe quanto a Assembléia custa aos alagoanos”.

Palmeira cita os R$ 2 milhões pagos pela Caixa Econômica Federal para gerenciar a conta bancária do Legislativo como exemplos da incógnita que são os números da ALE. O deputado também fala da auditoria contratada pela Mesa Diretora, até agora sem resultados oficiais.

“Destes R$ 2 milhões da Caixa, cerca de R$ 1,5 milhão seriam usados para pagamento de servidores e os outros R$ 500 mil para pagar parte desta auditoria. Mas, até agora, nem os servidores receberam por completo o dinheiro que a Casa deve a eles, nem esta auditoria foi apresentada à sociedade”, diz o deputado.

Aumento de Duodécimo

Rui Palmeira também criticou um possível aumento de R$ 3 milhões no duodécimo destinado à Casa de Tavares Bastos, que já é de cerca de R$ 113 milhões por ano.

“Cada Poder é independente. No caso do TJ, que conquistou aumento em seu duodécimo após decisão do STF, assistimos à prestação de serviços diretos à população. Lá, existem comarcas, prédios, um número superior de servidores. Mas na Assembléia não temos nada disso. Então, este aumento de duodécimo para a Assembléia que vem sendo citado por muitos deputados, diante deste cenário, não deveria nem sequer ser cogitado”, ressaltou o parlamentar.

“Nos dois anos de Taturana, aumentar o duodécimo da Assembléia seria um péssimo presente para a sociedade e os deputados deveriam dar uma prova de grandeza e pedir a diminuição dos valores que a Casa recebe. Este dinheiro nas mãos do governo poderia ser usado na construção de escolas, hospitais, em investimentos em infra-estrutura e sobretudo em segurança pública, uma das áreas que precisa de reforço em Alagoas”, concluiu Rui Palmeira.

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