Dois advogados pedem impeachment de Arruda

01/12/2009 14:37 - Política
Por Redação

Dois advogados protocalaram na Câmara Legislativa do Distrito Federal, na manhã desta terça-feira (1º), dois pedidos de impeachment contra o governador do DF, José Roberto Arruda. Ele é investigado pela Polícia Federal por um suposto esquema de pagamentos ilegais a políticos aliados – entre eles deputados distritais - e por usar dinheiro de caixa dois em sua campanha eleitoral.

Propostos por Evilázio Viana dos Santos e Anderson de Melo Silva, os pedidos devem ser encaminhados à Comissão de Constituição e Justiça da Casa, onde precisam ser aprovados por dois terços dos integrantes da comissão.

Se aprovados pela comissão, os pedidos seguem para o plenário da Casa, que analisa se abre ou não ou processo de impeachment contra o governador – também nessa ocasião são necessários dois terços dos votos.

Aprovada a abertura, uma comissão especial é criada para julgar o processo de impeachment. Segundo a assessoria de imprensa da Câmara Legislativa, o procedimento nunca foi feito pela Casa, mas o entendimento é que, baseando-se em lei federal que regula o assunto, essa comissão julgadora seja formada por cinco deputados distritais e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

Outros pedidos de impeachment devem ser protocolados na Casa nos próximos dias. A bancada do PT na Câmara já anunciou que deve adotar essa medida já nesta quarta-feira. A seccional do Distrito Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) pode fazer o mesmo na quinta. Os pedidos podem ser agrupados para tramitar em conjunto.

A Polícia Federal deflagrou na última sexta-feira (27) a operação Caixa de Pandora, que investiga um suposto esquema de pagamento ilegal feito pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, a políticos aliados – entre eles deputados distritais. O governador nega.

Cumprindo 16 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), a PF apreendeu mais de R$ 700 mil nas casas e gabinetes dos políticos envolvidos, incluindo um anexo da residência oficial do governador.

Segundo o inquérito da PF – que investiga os crimes de formação de quadrilha, crime eleitoral e corrupção -, o dinheiro vinha de quatro empresas da área de informática. Em troca, elas conseguiriam facilidades em licitações para firmar contratos com o governo.

Vídeos que fazem parte das investigações mostram Arruda e seus aliados recebendo maços de dinheiro.

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