Serra retarda candidatura para adiar confronto com Lula
Além de impor a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a dirigir as decisões de José Serra, o presidenciável favorito do PSDB.
O presidente está na origem da escolha de Serra de deixar para março do próximo ano a decisão sobre a candidatura. A avaliação é que, se anunciasse a entrada na disputa eleitoral agora, Serra não ganharia nada e ainda seria empurrado para um bate-boca com Lula, atraindo a antipatia do eleitorado que apoia o presidente.
De acordo com a pesquisa CNT/Sensus divulgada em setembro, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), é o pré-candidato à Presidência da República com menor rejeição entre os eleitores brasileiros. Apesar de Aécio ter desempenho inferior ao do governador de São Paulo, José Serra, em todos os cenários da pesquisa, a rejeição ao governador de Minas é de 26,3% --enquanto Serra é rejeitado por 29,1% dos eleitores.
Dilma teve um índice de rejeição maior que o dos dois pré-candidatos do PSDB. No total, 37,6% dos eleitores afirmaram que não votariam na ministra, enquanto 38,6% dos eleitores responderam que votariam na candidata.
Apesar da alta rejeição aos pré-candidatos da base aliada governista, a pesquisa mostra que 52,2% dos eleitores votariam no candidato apoiado pelo presidente Lula.
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