Se eu for governador não negocio Educação, Finanças nem Segurança Pública, diz Lessa

27/11/2009 03:37 - Política
Por Redação
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O Cadaminuto dá início hoje a publicação de uma série de entrevistas aos prováveis candidatos a governar os destinos de Alagoas a partir do dia 01 de janeiro de 2011, o primeiro a ser ouvido foi o ex-governador de Alagoas e ex-prefeito de Maceió o engenheiro Ronaldo Lessa.

Dizendo que preferia ser candidato a senador , Lessa iniciou a conversa explicando que duas pessoas iriam definir para qual cargo ele sairia nas eleições de outubro,o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual prefeito de Maceió Cicero Almeida.

Cadaminuto – O senhor é candidato a governador de Alagoas?
Ronaldo Lessa – Por minha vontade eu seria candidato ao Senado, mas houve aquela reunião lá em Brasília que todos ficaram sabendo e meu nome foi colocado como candidato ao governo a frente de um grupo, o Carlos Luppi (Presidente nacional do PDT), me disse que o presidente Lula quer que eu saia candidato a governador, mas aqui em Alagoas tenho um acordo com Cícero Almeida, só saio a governador se ele não sair, e se ele for candidato já tem o meu apoio

Cadaminuto – Você acha que o processo de escolha do candidato a governador em Alagoas passa pelo presidente Lula?
RL –
Não tenho nenhuma dúvida disto, seu eu sair mesmo a governador o pai desta candidatura será Luiz Inácio Lula da Silva

CM – E se o senhor for mesmo candidato ao governo qual sua primeira atitude?
RL –
Bom em primeiro lugar vou formar uma equipe para a criação de um programa , um plano para governar Alagoas, a situação agora é diferente daquela que eu achei quando assumi pela primeira vez, o Estado está mais menos endividado e preciso ouvir a sociedade para saber quais são as prioridades de meu governo

CM – Então pode-se dizer que o governo Téo Vilela fez um bom governo?
RL –
De forma alguma, é um horror, é um governo baseado no estado mínimo sem respeito ao servidor, ele diz que as contas estão saneadas e já vai no terceiro empréstimo eu nunca tirei nenhum, existem problemas nas áreas sociais é um governo feito para usineiros

CM – Esta questão de Estado mínimo, o senhor foi muito criticado pelo grande número de secretários
RL –
Mas não acho que errei não, se a minha estrutura era tão maior assim então deveria estar sobrando dinheiro no atual governo né. Olhe bem, apenas não fui hipócrita, o que o Téo fez em Marechal Deodoro é o governo do interior com outro nome, quando ele chama alguém de diretor de esportes eu chamo de secretário, entendeu, minha estrutura não era tão grande assim, algumas coisas eu mudaria, se trata de uma outra conjuntura, mas eu continuaria com as sub-governadorias, e ainda criaria a do Sertão, voltaria com a secretaria dos esportes, enfim na acho que este tenha sido um erro do meu governo.

CM- E a relação com o Legislativo, o senhor teve problemas não é?
RL –
No princípio sim, mas depois achei a fórmula, que é a mesma que a Câmara e o Senado tem de lidar com os deputados que é fazer com que os parlamentares escolham para onde destinam suas verbas

CM – O senhor acredita em uma mudança no Legislativo
RL –
Acredito em uma total renovação do legislativo, mas tem que esperar os votos, as vezes parece que a população não liga muito para o seu candidato a deputado, muitos esquecem até em quem votou na eleição passada, tenho a impressão que ano que vem vai ser diferente,vamos ver.

CM – E em relação ao Judiciário, o senhor ainda acredita que foi perseguido
RL –
Não tenho dúvidas que sim, é uma coisa notória, durante o meu governo fui surpreendido várias vezes com ações assinadas por determinados juízes que autorizavam a algumas pessoas a fazer saques enormes nas contas do Estado, tive que botar a boca no mundo, tai o CNJ agora para me dar razão, denunciei isto várias vezes no TJ inclusive dando nome aos bois, resultado, estou com cinco processos e eles se julgaram e se inocentaram, fui e sou perseguido.

CM – Em um provável governo o senhor trará a conhecida “turma do Ronaldo” de volta ao poder?
RL –
Veja só, quando eu iniciei a minha gestão disseram que a minha turma era a dos engenheiros, depois passaram para outros rótulos, acho que alguma parte das pessoas que trabalharam comigo ainda gozam não só da minha confiança, mas de toda a sociedade, só que traria algumas pessoas novas sim

CM – Em um grupo com tantas lideranças que parece se formar para dar sustentação a uma candidatura muita coisa acaba se pedindo, o que o senhor não abre mão em uma futura gestão sua?
RL –
Bom primeiro educação, esta é minha marca, é a marca do PDT, eu fiz uma revolução na educação no Estado, pode escrever aí, e desta pasta não abro mão, depois as finanças, afinal é a chave do cofre e será a mim que as pessoas terão escolhido, a responsabilidade será minha, por último a segurança pública, esta também é inegociável pois as cobranças caem no colo do governador

CM – O que o senhor acha da atuação do Paulo Rubim?
RL –
Acredito até que ele seja um bom secretário, mas com este governo pode chamar o Rambo, o Batman e o Super-Homem que ainda assim não dará jeito, um governo que quer resolver problema da segurança comprando arma, tem mais que qualificar o policial, olhe se durante a minha gestão alguém pedia pedágio para passar em alguma rua da periferia, eu mandava a polícia lá imediatamente, com este governo ninguém dará jeito.

CM – O que deseja o seu partido?
RL –
Aquilo que eu falei, o Lula já falou pessoalmente com o Lupi querendo que eu seja candidato ao governo, bem vamos aguardar...

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