Os vereadores por Pilar Patrícia Rocha, Damião dos Santos, Luiz Carlos Omena e Roberto Cavalcante, que estavam afastados das funções depois que foram presos na Operação Pesca Bagre, voltaram hoje às atividades parlamentares.

De acordo com Gilmar Gomes Ribeiro (PTdoB), presidente da Câmara, na manhã de hoje o advogados dos vereadores levou um documento que determinava a volta imediata dos parlamentares. "Eles chegaram com o documento do Tribunal de Justiça", colocou Ribeiro. Segundo apurou a reportagem do CadaMinuto, o advogado se baseou em uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça diante da decisão da comarca de Pilar. Essa liminar, no entanto, nao versava sobr a volta imediata dos vereadores à Câmara.

O juiz da comarca do Pilar, Geraldo Amorim, que havia determinado o afastamentos dos vereadores no dia 18 de setembro, comentou a volta dos parlamentares. "A minha decisão foi de afastamento definitivo, porque para mim gatuno de verba pública não pode voltar ao cargo", disse.

A Operação

A Operação Pesca Bagre foi desencadeada pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), com apoio das Polícias Civil e Militar, no dia 03 de julho, na cidade de Pilar. Dez mandados de prisão, além de mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, foram cumpridos em Pilar e em Maceió.

Com o nome de "Pesca Bagre", a operação foi comandada pelo delegado Paulo Cerqueira. A ação teve como objetivo  o combate a irregularidades na Câmara, como aplicação indevida de verbas públicas, falhas e fraudes em licitações.

Os vereadores Luíz Carlos Omena, Patrícia Henrique Rocha, Roberto Cavalcante da Silva, Amaro Veloso, Alberto Cavalcante, Damião dos Santos, José Hosano (ex-candidato a vice-prefeito na chapa de Carlos Alberto Canuto, atual deputado federal) e o secretário de Turismo e Eventos do Pilar Geraldo Cavalcante foram presos na ocasião.