Corregedor da Câmara diz que não há prazo para investigar mau uso da verba indenizatória

24/11/2009 12:18 - Política
Por Redação

O corregedor da Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), disse hoje não há prazo para concluir as investigações de mau uso da verba indenizatória, revelada pela Folha. Reportagem da Folha mostrou que deputados usaram notas frias de empresas de fachada para justificar os gastos com a verba indenizatória mensal de R$ 15 mil.

ACM Neto disse que primeiro precisa fazer uma triagem no material divulgado pela Folha para saber quais são as irregularidades a serem atribuídas aos parlamentares.

Segundo ele, cada caso será analisado individualmente. "Vamos analisar tudo com o maior cuidado para não negligenciar o que tem de ser feito e para não prejulgar ninguém. Vamos tratar a informação. Não me peçam prazo", afirmou ele.

ACM Neto disse que ainda não recebeu o pedido de investigação do caso, que precisa ser feito pelo presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP).

Ele afirmou que a Corregedoria conta com dois servidores para investigar as denúncias. E que Temer ofereceu mais dois para ajudar nesse caso.

Campanha

Reportagem publicada hoje na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal) revela que ao menos sete parlamentares usaram recursos da Câmara dos Deputados para custear gastos em campanhas eleitorais de 2008.

De acordo com a reportagem, os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ), Jader Barbalho (PMDB-PA), Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), Narcio Rodrigues (PSDB-MG), Giovanni Queiroz (PDT-PA), Fábio Ramalho (PV-MG) e Paulo Rocha (PT-PA), envolvidos nas eleições do ano passado --seja em suas próprias candidaturas ou no apoio de candidatos aliados-- utilizaram verba destinada a atividades parlamentares para alugar carros e aeronaves em campanhas e em hospedagem de assessores em hotéis.

Os valores gastos vão de R$ 2 mil a R$ 28 mil. A maioria dos candidatos alegou à reportagem que as despesas correspondem a custos do próprio mandato, e não de campanhas eleitorais.

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