Apagão não deve ser levado para o palanque, diz Aécio

16/11/2009 15:40 - Política
Por Redação

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defendeu que o apagão não seja levado para o palanque nas eleições do ano que vem.

 

Questionado sobre se via falhas por parte do governo federal, ele disse que não queria “politizar” o assunto, mas afirmou houve “açodamento” das autoridades, falou em conflito de informações e criticou os gastos do governo. As declarações foram dadas na noite de domingo (15), em evento em Alagoas.

“Não acho que devemos tirar o apagão das suas circunstâncias e levá-lo para o palanque eleitoral, mas acho que a falha maior do governo, e não estou falando ainda da ausência de investimentos, foi na comunicação. Acho que houve um açodamento muito grande do governo, querendo dar explicações, sem ter a serenidade adequada para enfrentar o problema na sua complexidade”, afirmou.

 

Ele afirmou ainda que o grande número de órgãos governamentais ligados à energia, um “alargamento enorme do Estado”, levou a um conflito de informações.

 

Ufanismo

O apagão atingiu 18 estados brasileiros entre a noite de terça (10) e a madrugada de quarta-feira (11). Dias antes, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, possível candidata à Presidência da República pelo PT, havia dito que o Brasil estava a salvo de um novo de blecaute.

Para o governador de Minas Gerais, que disputa com o governador de São Paulo, José Serra, a indicação do PSDB para concorrer ao Palácio do Planalto, houve “um certo ufanismo do governo que, nos últimos anos, dizia que não teríamos problema algum nessa área”. Isso, segundo ele, contribuiu para politizar o assunto.

“O governo, muitas vezes, até sem ser perguntado, afirmava, até para fazer referência ao governo anterior, que apagão era consequência de mau governo, governo que não investia, que não planejava.”

 

Gastos do governo

O tucano também criticou os gastos do governo e comparou a gestão petista com seu partido.

 

“Nós tivemos, ao longo dos últimos sete anos, um aumento do Produto Interno Bruto, portanto, um crescimento da economia em torno de 27%, enquanto os gastos correntes do governo cresceram quase 80%. É uma conta que não fecha. O estado tem que ser eficiente e acho que o PSDB demonstrou conhecer melhor do que o PT as funções do estado e onde nós governamos, temos governado bem.”

Candidatura a vice descartada

O governador de MG voltou a dizer que não cogita ser candidato a vice em uma eventual chapa do governador José Serra à Presidência e defendeu “cautela e serenidade” neste momento .

 

“O PSDB caminha para um processo de definições e vamos fazer isso de forma absolutamente serena e, neste momento, o que devemos buscar é construir um projeto novo para o Brasil, que reconheça os avanços que vêm desde Fernando Henrique, passando inclusive pelo próprio governo do próprio presidente Lula, mas devemos apontar para frente.”

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