Sai edital para contratações do Brasil Alfabetizado

03/09/2009 15:59 - Interior
Por Redação

Interessados em trabalhar como alfabetizadores, tradutores/intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e coordenadores de turmas do Programa Brasil Alfabetizado tem de 8 de setembro a 9 de outubro para se inscreverem nas sedes das Coordenadorias de Ensino (CEs). O edital foi publicado no Diário Oficial na última segunda-feira (31) pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE). Os selecionados irão atuar em turmas de alfabetização de Jovens e Adultos e serão remunerados com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).De acordo com o responsável pela Diretoria de Educação de Jovens e Adultos da SEE (Deja/SEE), José Rubens Silva Lima, estima-se alfabetizar cerca de 50 mil pessoas até junho de 2010. Para isso, serão selecionados 4 mil alfabetizadores, 100 tradutores/intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e 370 coordenadores de turmas.

“Pretendemos inserir 60% dos selecionados na rede pública estadual de ensino para que os alunos dessa modalidade possam dar continuidade aos seus estudos. Cada alfabetizador receberá cerca de R$ 250 por turma. Os tradutores de Libras também receberão remuneração igual à do alfabetizador. Este montante poderá chegar a R$ 280 se eles estiverem instruindo educandos que cumprem medidas socioeducativas ou pessoas com necessidades especiais”, afirma.

Segundo José Rubens, os coordenadores de turmas exercerão a função de mobilizadores nas comunidades em que residem e farão o chamamento de pessoas analfabetas com idade de 15 anos para participar do programa. Além disso, eles irão monitorar frequência de alunos e alfabetizadores nas turmas, realizar formação continuada para os alfabetizadores, e servir de elo entre a SEE, Coordenadorias de Ensino (CE) e os alfabetizadores. Eles receberão um salário de R$ 500. Ele lembra ainda que todo pagamento será feito via conta bancária específica.

Rubens salienta que os alfabetizadores e os tradutores/intérpretes assinarão contrato com duração de oito meses. Apenas o coordenador de turma poderá ter contrato de um ano. Quanto às aulas, elas acontecerão em espaços alternativos, como por exemplo, a casa do próprio alfabetizador, salão de igreja, associação de moradores, espaços de escolas públicas que estejam ociosos no horário noturno ou diurno. Cada aluno passa oito meses nesse processo, com 10 horas de aulas semanais.

“Elas servem para promover o resgate da pessoa que teve negado o direito de acesso ou permanência na escola. Cada um deles terá contato com a língua materna e a matemática em seus conhecimentos básicos. Desta forma, eles terão condições de dar continuidade aos estudos. Além disso, nós procuramos viabilizar, para aqueles que têm problemas de visão, acesso ao Projeto Olhar Brasil, pelo qual oferecemos consulta oftalmológica e óculos e expedição de documentos para àqueles que não possuem a primeira via (RG, CPF, Título de Eleitor, Carteira de Trabalho)”, garante Rubens.

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