A Justiça determinou segredo de Justiça na ação que envolve o bispo Edir Macedo - proprietário da Rede Record - e outros nove membros da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). A decisão é do juiz Gláucio Roberto Brittes, da 9ª Vara Criminal de São Paulo. Os réus foram indiciados há dez dias por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelo uso irregular de donativos dos fiéis da Universal para enriquecimento particular e compra de empresas de comunicação.

Com a determinação judicial, apenas os advogados dos réus poderão consultar os autos do processo. A medida contempla o relatório do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf), um levantamento com informações sobre o destino dos recursos obtidos com o dízimo dos fieis da Universal.

Na denúncia, formulada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate do Crime Organizado (GAECO), os promotores alegaram que não existe irregularidade em arrecadar dinheiro em templos religiosos. Porém, segundo eles, por se tratar de recursos isentos de tributação, devem ser convertidos em obras assistenciais, e não em compras de empresas de comunicação ou enriquecimento de membros da Igreja.