A polêmica sobre o concurso da Universidade Federal de Alagoas, realizado no último dia 12 e no qual a Comissão Permanente do vestibular (Copeve) divulgou o gabarito depois da data prevista no edital, contendo erros nas respostas, continua entre os candidatos, já que alguns procuraram o Ministério Público Federal (MPF) para pedir o cancelamento das provas.

O texto do pedido de cancelamento ao MPF, elaborado pelo jornalista Sandro Melo, se refere à revisão de questões com duplo sentido e erros gramaticais e para as quais foram atribuídas respostas falsas, divulgadas no gabarito. Há ainda a denúncia das provas terem sido elaboradas por técnicos administrativos e não pelos professores.

De acordo com informações do gabinete do promotor do MPF, Joel Belo que ficou responsável pelo caso, o processo junto ao órgão não poderá ser levado adiante e será arquivado, pois não se caracteriza como danoso aos candidatos e que diante da situação é necessário entrar com recurso administrativo junto à Copeve para anulação das questões.

O cancelamento do concurso só aconteceria se houvesse fraude comprovada, como a divulgação dos gabaritos antes dos candidatos fazerem as provas. Porém, quem se sentir lesado poderá ainda, recorrer à Justiça Federal, através do direito individual, o que poderia ser feito também por um grupo de pessoas com interesses comuns.

Tiago Henrique Ferreira, que disputou uma vaga para o cargo de editor de imagens, que exigia o nível médio, disse que muitas questões foram baseadas em assuntos que não constavam no edital.

Os candidatos criaram até comunidades no site de relacionamento Orkut para denunciar as irregularidades do concurso, constadas por eles nas provas de vários cargos