Apesar de atuar com uma zaga improvisada, formada pelos volantes Henrique e Fabinho, o Cruzeiro venceu o Santo André, por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, no estádio Bruno José Daniel. Foi a primeira vitória celeste fora de casa, no atual Brasileiro, e, de quebra, o time mineiro interrompeu uma sequência de três derrotas consecutivas na competição. A equipe paulista, por sua vez, perdeu o seu segundo jogo seguido.

O Santo André, que não teve Marcelinho Carioca, suspenso, vinha de derrota para o Palmeiras, por 1 a 0, fora de casa, e buscava o seu terceiro triunfo como mandante. Já o Cruzeiro chegou ao ABC paulista para fazer o seu quinto jogo como visitante e sem ter obtido pelo menos um ponto.

Além disso, somando-se jogos pela Libertadores, competição na qual perdeu o título para o Estudiantes, em pleno Mineirão, exatamente há uma semana, e o Brasileiro, o Cruzeiro não vencia há seis jogos. A pressão era grande também em função da presença do clube na zona de rebaixamento.

Os jogadores cruzeirenses não conseguiam esconder o abatimento pela perda do título da Libertadores. Mas, com a bola rolando em Santo André, o time celeste foi superior ao adversário em quase toda a partida. A equipe de Adilson Batista já havia criado e desperdiçado chances na etapa inicial, mas só conseguiu acertar a pontaria no segundo tempo, quando construiu o placar.

Com o resultado positivo, fora de casa, o Cruzeiro chegou a 13 pontos e conseguiu deixar a zona de rebaixamento, pelo menos momentaneamente. O time celeste enfrentará o Fluminense, no próximo domingo, enquanto o Santo André joga contra o Grêmio, em Porto Alegre, no sábado, buscando fora de casa a reabilitação.

O primeiro tempo começou com o Cruzeiro parecendo que jogava em casa. Necessitando da vitória para iniciar sua reação no Brasileiro, o time celeste partiu para o ataque e, desde o início, criou situações de gol. A primeira delas, logo aos 3min, causado por desatenção do goleiro Neneca, mal aproveitada por Wellington Paulista.

Sem Wagner, que mais uma vez desfalcou a equipe, a missão de armar o time foi desempenhada pelo jovem Bernardo, com a ajuda de Kléber, que se movimentou muito. A equipe mineira dominava o meio-campo e não dava chances ao Santo André para atacar, mas falhava no momento de finalizar.

O Cruzeiro entrou como pior ataque do Brasileiro, com apenas 10 gols marcados em 11 jogos, e os cruzeirenses mostravam má pontaria, em lances em que os atacantes estavam livres na área adversária. Como não conseguiu balançar as redes defendidas por Neneca, na etapa inicial, aos poucos, o Santo André foi se animando e passou a atacar, levando perigo ao gol de Fábio.

Até os 30 minutos da etapa inicial, o controle do jogo foi total do Cruzeiro. Depois disso, o time paulista equilibrou as ações e também desperdiçou suas chances de abrir o placar. Na melhor delas, Elvis bateu e o camisa 1 celeste salvou com os pés, aos 44 min.

Os dois times voltaram com as mesmas formações para o segundo tempo. E o cenário foi semelhante ao início da primeira etapa. Domínio celeste, que criou e desperdiçou oportunidades. Logo aos 4min, Bernardo mandou a bola na trave. Aos 8min foi a vez de Elicarlos ter a chance de chutar, mas bateu para fora.

Depois de um susto provocado por chute de Elvis, aos 10min, defendido por Fábio, o Cruzeiro conseguiu chegar ao seu gol. Thiago Ribeiro deu passe a Kléber, pela direita da área adversária, que bateu rasteiro, no canto do goleiro Neneca, colocando o time visitante à frente do placar.

Não demorou muito para o Cruzeiro marcar o seu segundo gol. O lateral-esquerdo Diego Renan, dos juniores, havia acabado de entrar no lugar do meia Bernardo, quando fez boa jogada pelo lado esquerdo do ataque e marcou o segundo gol. Depois disso, o time cruzeirense procurou administrar a vantagem, enquanto o Santo André mais na base da vontade buscou o seu gol, sem conseguir êxito.

SANTO ANDRÉ 0 x 2 CRUZEIRO

Santo André
Neneca, Cicinho, Cesinha, Vinícius e Arthur (Pablo Escobar); Fernando, Rodrigo Fabri (Bruno César), Ricardo Conceição e Elvis; Antônio Flávio (Ricardo Goulart) e Nunes
Técnico: Sérgio Guedes

Cruzeiro
Fábio, Jonathan (Vinícius), Henrique, Fabinho e Gérson Magrão; Fabrício, Marquinhos Paraná, Elicarlos e Bernardo (Diego Renan); Wellington Paulista (Thiago Ribeiro) e Kléber
Técnico: Adilson Batista

Data: 22/7/2009 (quarta-feira)
Local: Estádio Bruno José Daniel, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS)
Auxiliares: Paulo Ricardo Silva Conceição (RS) e José Milton Pontarolo (PR)
Público: 1.709 pagantes
Renda: R$ 32.670
Cartões amarelos: Cesinha, Elvis (Santo André); Fabrício (Cruzeiro)
Gols: Kléber, aos 14min , Diego Renan, aos 23 min do Segundo tempo