O motivo que levou o presidente do Palmeiras, Luis Gonzaga Belluzzo, a desistir da contratação do técnico Muricy tem nome: grana grossa. Duzentos mil reais ao mês na diferença entre o que propunha o Palmeiras e o que desejava Muricy e mais luvas de R$ 1 milhão foram o obstáculo.

O Palmeiras se dispunha a pagar até R$ 400 mil mensais a Muricy e dois ou três nomes da sua comissão técnica. O treinador, através do seu negociador, pedia algo como R$ 600 mil por mês e queria luvas de R$ 1 milhão.

Para pagar ao treinador o presidente Belluzzo havia estabelecido um limite de R$ 300 mil para o clube; os outros R$ 100 mil seriam bancados por uma empresa privada.

Dorival Júnior, do Vasco, volta a ser nome a ser procurado pelo Palmeiras. Wanderley Luxemburgo e comissão recebiam pouco mais de R$ de 700 mil ao mês. Wanderley ficava com quase R$ 500 mil e o restante se dividia entre a comissão técnica.

Ao tomar a decisão de desistir de Muricy na madrugada, Belluzzo comentou com um amigo:

- O Muricy é um grande profissional, lamento que não tenhamos chegado a um acordo, mas o Palmeiras não vai se apequenar, não podemos, por mais justo que seja a reivindicação de qualquer profissional, ceder a propostas que fujam à realidade.