Análise leva em conta cenas de sexo, uso de drogas e violênciaPrevista
no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) e regulamentada
por portarias do Ministério da Justiça, a classificação indicativa dos
programas e obras audiovisuais não deve ser confundida com censura. Ela
visa proteger crianças e adolescentes de conteúdos audiovisuais
inadequados e é exercida pelo ministério, especificamente pelo
Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação,
vinculado à Secretaria Nacional de Justiça.
A cartilha
"Classificação indicativa – informação e liberdade de escolha", do
Ministério da Justiça, que é dirigida a famílias, proprietários de
videolocadoras e administradores de cinemas, traz os símbolos coloridos
com as classificações ER (especialmente recomendado): livre e faixas
etárias de 10, 12, 14, 16 e 18 anos. O ministério determina ainda a
adequação da programação ao fuso horário local.
A publicação
informa também que a classificação indicativa é realizada por analistas
de áreas como Psicologia, Direito, Comunicação Social e Pedagogia. A
avaliação de conteúdo é feita em três etapas: análise de cenas de sexo,
drogas e violência; identificação de temas; e distinção da idade para a
qual a programação não é recomendada.
Não são classificados
os programas jornalísticos ou noticiosos, esportivos, propagandas
eleitorais e publicidade em geral, incluídas as vinculadas à
programação. Os programas exibidos ao vivo poderão ser classificados se
apresentarem inadequações a partir de monitoramento ou denúncia.
Entretenimento adequado à idadeAs
regras de classificação indicativa dos programas de televisão, filmes,
espetáculos e jogos eletrônicos e de interpretação (RPG) estão em vigor
desde 2007 e resultaram de uma consulta pública em que foram ouvidas
cerca de 100 mil pessoas, entre pais, professores e alunos, além de
representantes de universidades, emissoras e entidades públicas. A
classificação indicativa existe para informar os pais sobre a adequação
de horário, local e faixa etária, para que eles decidam se os filhos
devem ou não assistir aos programas.

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